Adesão a greve ronda os 95 por cento - Mário Nogueira
Porto Canal
O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, Mário Nogueira, estimou hoje em cerca de 95 por cento a adesão à greve relacionada com a vigilância da prova de avaliação imposta aos contratados com menos de cinco anos de serviço.
À porta da Escola Marquesa de Alorna, em Lisboa, o dirigente sindical defendeu que o ministro da Educação, Nuno Crato, “não tem condições para continuar” no cargo.
Mário Nogueira considerou que a prova está “ferida de morte” e prometeu que os professores vão continuar a lutar contra um exame que encaram como “humilhante”, mesmo que o Ministério da Educação marque outra data para os docentes que não fizeram hoje a Prova de Avaliação de Capacidades e Conhecimentos (PACC).
“Há 21 ações a correr nos tribunais, a luta vai continuar se o ministério insistir nesta prova”, declarou.
Na Escola Marquesa de Alorna nenhum dos cerca de 120 professores inscritos realizou a prova.
Mário Nogueira congratulou-se com a união entre os professores vigilantes e os que se apresentaram para a prova que fez com que não houvesse condições para cumprir o exame.
O secretário-geral da FENPROF prometeu ainda uma averiguação de todas as situações ocorridas hoje nas escolas, denunciando que houve intervenções policiais e ilegalidades no processo.
“Ao fim de meia hora de a prova ter começado já estava na Internet”, disse Mário Nogueira.