Orçamento da Câmara do Porto aprovado com críticas do PSD, CDU e BE

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Porto Canal / Agências

Porto, 18 dez (Lusa) - O Orçamento da Câmara do Porto para 2014 foi aprovado na terça-feira na Assembleia Municipal com críticas do Partido Social Democrata (PSD), Coligação Democrática Unitária (CDU) e Bloco de Esquerda (BE).

O PSD considera que o orçamento da Câmara do Porto para 2014 contém "tiques de despesismo socialista", a CDU e o BE vêm nele "continuidade" face ao "passado recente" e o PS, pelo contrário, identifica uma "correção de trajetória".

O documento foi discutido e aprovado terça-feira na Assembleia Municipal, com os votos favoráveis do PS, do deputado social-democrata Alberto Machado e do grupo municipal Porto, O Nosso Partido, afeto ao presidente da Câmara, Rui Moreira.

O PSD absteve-se e a CDU e o Bloco de Esquerda votaram contra.

"É um orçamento que reflete opções e compromissos que foram legitimamente assumidos em anos transatos" e que este executivo pretende "honrar", disse Rui Moreira.

O executivo diz que a coesão social, a economia e o emprego e a cultura e o desenvolvimento são as suas grandes apostas de um orçamento de 184,5 milhões de euros, o que equivale a um aumento de 3,4% face ao de 2013.

Luís Artur Pereira, do PSD questionou a receita prevista, considerando-a "empolada" porque, referiu, os indicadores macroeconómicos apontam na direção contrária,"ou seja, não é de perspetivar grande volume de receitas".

"Mas o grande empolamento", em sua opinião, reside nos 26 milhões de euros que o executivo espera obter com a alienação de património, salientou.

"Ninguém acredita que seja possível vender terrenos e prédios nesse valor", reforçou, receando que a despesa dispare e o endividamento aumente por via de um défice na execução orçamental.

Para Honório Novo, da CDU, o investimento na requalificação nos bairros municipais sofre "um corte de 2,8 milhões de euros".

O mesmo deputado afirmou ainda que, com este orçamento, a requalificação do Mercado do Bolhão, o reaproveitamento do Matadouro Municipal e o projeto do Centro de Congressos no Palácio de Cristal "vão para o caixote do lixo".

Honório Novo, tal como Luís Artur Pereira, também pôs em causa a receita que a Câmara pretende alcançar com vendas de terrenos e prédios durante 2014.

"Aumentar, comparativamente com 2013, as receitas extraordinárias em 204%", o que representa mais 11 milhões de euros, "não é prudente, é descaramento político", porque conjuntura não é favorável.

O centrista André Noronha, do Porto, O Nosso Partido, sustentou que o orçamento "tem uma matriz de responsabilidade com significativa redução de dívida".

"Há controlo do endividamento. 258 milhões de dívida não são aqui, não é a nossa matriz, não vai ser nunca", afirmou, referindo-se, assim, à dívida que Luís Filipe Menezes, candidato derrotado à Câmara do Porto, deixou em Vila Nova de Gaia.

Luís Artur Pereira sentiu-se atingido e reagiu dizendo que André Noronha estava a mandar "bocas".

"Não são bocas, o que eu digo é na frente", ripostou André Noronha.

O socialista Gustavo Pimenta disse que "este orçamento revela claramente traços de correção de trajetória".

Lembrou que o executivo planeia intervir na escarpa da Fontainhas, para a consolidar, e na zona oriental, o que "passa despercebido".

O Bolhão continuará a ser "mercado de frescos conforme existe atualmente", o que para Gustavo Pimenta é um "traço distintivo" face aos executivos de Rui Rio.

Gustavo Pimenta disse que os críticos "pensam que os portuenses elegeram um santo milagreiro, mas os portuenses elegeram apenas um gestor".

O orçamento reflete uma "continuidade das políticas municipais seguidas nos últimos 12 anos e não rompe com o ciclo de empobrecimento da cidade", segundo o deputado bloquista José Castro.

AYM // FV.

Lusa/fim

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