Passos acusa Governo de "dissimulação e intolerância" para quem não pensa como ele

| Política
Porto Canal com Lusa

Castelo de Vide, Portalegre, 03 set (Lusa) - O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou hoje o Governo e a atual maioria de dissimulação e intolerância para quem pensa de forma diferente, questionando se os sociais-democratas não têm direito a expressar a sua opinião.

"Não respeitamos a dissimulação em política e por isso denunciamos [...], não aceitaremos um ambiente de intolerância em que só se discute o futuro segundo a perspetiva do pensamento dominante e em que quem não pensa como quem está no Governo não é bom português, é racista, é xenófobo ou é outra coisa qualquer", criticou Passos Coelho, na intervenção de encerramento na Universidade de Verão do PSD.

Nos últimos tempos, quer a propósito de declarações polémicas do candidato do PSD à Câmara de Loures, André Ventura, quer quanto à intervenção do líder do PSD no Pontal - que criticou alterações à lei da imigração -, o PS e o BE já fizeram acusações de racismo e xenofobia ao discurso de Passos Coelho.

Numa intervenção de 50 minutos, Passos Coelho nunca se referiu às eleições autárquicas, que se disputam a 01 de outubro, e voltou a defender as intervenções do ex-Presidente da República Cavaco Silva e do eurodeputado do PSD Paulo Rangel na Universidade de Verão, que mereceram reações críticas da esquerda.

"O dr. Cavaco Silva não tem direito a exprimir a sua opinião? Se o fizer tem logo de ser o ressabiado, o que precisa de palco?", criticou, depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter dito que o antigo chefe de Estado "tinha saudades de palco".

Passos Coelho lamentou que as críticas, quer a Cavaco quer a Rangel tenham procurado "desqualificar a pessoa, como se não tivesse direito à opinião, ainda por cima fundamentada".

"Não temos direito a ter a nossa opinião?", questionou.

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