PS de Paredes anuncia que vai impugnar nos tribunais orçamento municipal

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Porto Canal / Agências

Paredes, 17 dez (Lusa) - O PS de Paredes anunciou hoje que vai impugnar judicialmente o orçamento da câmara local, de maioria PSD, por considerar que uma receita inscrita traduz "uma fraude".

De acordo com um comunicado daquele partido da oposição, existe uma verba "fictícia" de 36,6 milhões de euros, inscrita como receita no orçamento, que representa 43% do total da dotação.

"O orçamento da Câmara Municipal de Paredes para 2014 é uma fraude. O presidente da Câmara de Paredes devia de ter vergonha de dizer que é um exemplo para o país", lê-se no comunicado socialista.

Recentemente, o presidente da Câmara de Paredes, Celso Ferreira (PSD), em declarações à Lusa, exortou os organismos do Estado a seguirem o exemplo de consolidação orçamental da autarquia, que prevê, em 2014, uma redução de 43 milhões de euros na despesa.

O autarca explicou que aquele número, que consta da proposta de orçamento, representava uma redução no valor global do orçamento de 33,9% face a 2013.

Para o Celso Ferreira, se os organismos do Estado fizessem o mesmo esforço, o país não estaria nas condições atuais.

Esta contenção, assinalou ainda, revela a vontade de Paredes "contribuir para a consolidação das contas públicas nacionais, num momento de difícil conjuntura económica e financeira", dando sequência ao que já foi realizado em 2013.

Na reação a estas declarações, os socialistas consideram hoje que o presidente da câmara "está constantemente a mentir ao povo de Paredes" e que "não há para 2014 nenhum orçamento de contenção".

"Há uma mentira que já se mantém desde 2010 e continua", acusa ainda aquele partido.

A oposição no executivo considera que os orçamentos, desde 2010, têm sido "empolados", de "forma fictícia", porque inscrevem verbas com a venda de escolas que vão ficando vazias com os novos centros escolares.

O PS advoga que em 2014, "o orçamento vem empolado com essa falsa receita da venda das escolas desativadas, em 36.674.438,00 de euros".

Aquele partido conclui que, como a maioria "diminuiu o valor dessa falsa receita da venda das escolas desativadas, o valor total do orçamento está também diminuído, agora para cerca de 84 milhões de euros, mas sem que isso signifique qualquer esforço de contenção".

"Como diminuiu a dimensão dessa fraude, vem [o presidente da câmara] agora dizer que apresentou um orçamento de contenção", acusa ainda o PS.

Para os socialistas, "isto é ser desonesto com a população de Paredes e com o país".

A concluir o comunicado, o PS convida o presidente da Câmara a demitir-se.

APM // JGJ

Lusa/fim

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