TAP arrisca multa por transporte de passageiros com passaportes falsos
Porto Canal / Agências
Lisboa, 17 dez (Lusa) -- O presidente da TAP afirmou hoje que a companhia aérea pode ser multada por ter transportado da Guiné-Bissau 74 passageiros com passaportes falsos, mas avançou que, se isso vier a acontecer, a empresa vai recorrer.
"Toda a empresa aérea que faz o transporte de passageiros que não podem ser admitidos noutro país é multada e tem a responsabilidade dos custos de transporte de retorno desses passageiros e da permanência deles no país", afirmou Fernando Pinto, durante um encontro com os jornalistas, em Lisboa.
O presidente da TAP disse que o transporte dos 74 passageiros com passaportes falsos "é um pouco diferente, porque são pessoas que estão a pedir asilo político e terá um tratamento diferente", sublinhando, contudo, ser uma "preocupação" para a companhia.
Fernando Pinto afirmou que, se for multada, a TAP vai recorrer, porque "foi um caso muito especial, muito diferente, não foi uma falha de verificação de documentos que a empresa teve".
"Pelo contrário, a empresa detetou a falha, detetou o problema, não ia embarcar os passageiros, mas foi obrigada a fazê-lo", justificou, acrescentando não ter o eventual valor da multa.
No dia 11 de dezembro, a TAP anunciou a suspensão da operação para Bissau "perante a grave quebra de segurança ocorrida" no embarque de um voo para Lisboa, que implicou o transporte de 74 passageiros com passaportes falsos.
Hoje, Fernando Pinto disse que os voos para a Guiné-Bissau estão cancelados e que a companhia não tem planos para voltar a voar para este destino.
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