Trabalhadores da PT/Meo nos Açores pedem intervenção de Vasco Cordeiro

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Porto Canal com Lusa

Ponta Delgada, Açores, 21 ago (Lusa) -- Representantes dos trabalhadores da PT/Meo nos Açores pediram hoje ao presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, que sensibilize o primeiro-ministro, António Costa, e o líder parlamentar do PS, Carlos César, para a situação destes funcionários.

"A razão desta audiência (...) é transmitir as nossas preocupações ao presidente do Governo Regional, para que este interfira junto do Governo Central, nomeadamente, perante o primeiro-ministro, António Costa, e Carlos César, enquanto presidente nacional do PS e [deputado] da Assembleia da República", afirmou José Correia, dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais.

O dirigente, acompanhado de outros elementos em representação das organizações representativas dos trabalhadores, foram hoje recebidos por Vasco Cordeiro, na presidência do Governo dos Açores, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel.

Segundo José Correia, o objetivo foi alertar sobre as transferências que "estão a ser feitas de forma arbitrária e fraudulenta" e que configuram "futuros despedimentos na PT", considerando que é com "uma decisão política que essa situação pode ser concertada, através da regulamentação da própria lei", evitando "nuances que a Altice está a utilizar para se libertar de trabalhadores que considera indesejáveis".

José Correia adiantou que no arquipélago dos Açores há 216 trabalhadores da PT/Meo, empresa agora detida pela Altice, sendo que atualmente "12 não estão a exercer funções".

"Estão a exercer funções temporárias, ou seja, são funções que lhes são atribuídas de três em três meses, mas que não têm nada a ver com as funções principais que vinham a desempenhar anteriormente", referiu o dirigente, declarando-se esperançado que o presidente do executivo regional, junto das entidades nacionais, possa "interferir" nesta situação.

A Vasco Cordeiro foi ainda entregue um documento sobre a situação laboral da PT/Meo, no qual expressam muita preocupação.

O documento refere que a gestão da multinacional Altice é "marcada pelo desrespeito dos direitos dos trabalhadores, pelo ataque aos postos de trabalho e à própria continuidade da PT Portugal, por via do seu desmembramento cirúrgico".

A missiva elenca, também, as dez razões que, no entender das organizações representativas dos trabalhadores, justificam a intervenção do presidente do Governo dos Açores.

Entre os motivos está o "incumprimento frequente e reiterado da legislação e das decisões institucionais", assim como "a destruição dos direitos dos trabalhadores e dos postos de trabalho", e "o enfraquecimento da PT Portugal pelo grupo Altice", que prejudica o Estado em milhões de euros por via da redução das contribuições.

SR// ATR

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