Rui Moreira diz que "há uma década o Porto era incapaz" de fazer uma candidatura "forte" à EMA
Porto Canal com Lusa
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse hoje que "há uma década a cidade era incapaz de fazer uma candidatura tão forte" à Agência Europeia de Medicamentos (EMA), enfatizando o "envolvimento de todos os cidadãos".
"É com satisfação que, como presidente da câmara municipal, vi ser sido possível, num prazo muito curto, apresentar uma candidatura que é muito forte. O Porto mudou. Há uma década era incapaz de fazer uma candidatura desta natureza. O Porto tem uma marca hoje reconhecida. Isso tem a ver com o envolvimento de todos os cidadãos", disse Rui Moreira.
Em conferência de imprensa, o autarca independente falou da entrega da candidatura da cidade do Porto ao acolhimento da EMA (na sigla em inglês) que atualmente está localizada m Londres, mas será relocalizada no âmbito do 'Brexit' que ditou a saída do Reino Unido da União Europeia.
Hoje foi tornado público que o Palácio dos Correios, nos Aliados, o Palácio Atlântico, na Praça D. João I, ou instalações novas na Avenida Camilo Castelo Branco são as três localizações propostas para a Agência Europeia de Medicamentos no Porto, caso a cidade vença esta candidatura.
Na sessão realizada na câmara, o vereador Ricardo Valente, elemento da Comissão Nacional de candidatura à EMA, mostrou convicção de que o Porto tem capacidade de receber a agência no final de março, garantindo a sua operacionalidade.
Já Rui Moreira vincou que o Porto "tem capacidade de arcar com o desafio" e considerou que a cidade "já cumpriu", independentemente da "nota final" que venha a receber, realçando o "peso político" da cidade.
"Agora temos de esperar. Temos uma candidatura que consideramos forte", sintetizou o presidente da câmara, juntando ao Porto, "o envolvimento da Área Metropolitana do Porto e de toda a região Norte".
Ricardo Valente explicou que a fase que se segue é técnica, pois até 30 de setembro será dito pela Comissão Europeia se as 19 candidaturas cumprem os requisitos mas, realçou, "qualquer que seja esta nota, não desclassifica ninguém".
A decisão sobre que cidade vai acolher a EMA é conhecida a 15 de novembro no Conselho Europeu.
Para além do Porto, concorrem à relocalização da EMA (que conta atualmente com 890 trabalhadores e recebe anualmente visitas de cerca de 35 mil representantes da indústria) outras 18 cidades europeias: Amesterdão, Atenas, Barcelona, Bona, Bratislava, Bruxelas, Bucareste, Copenhaga, Dublin, Estocolmo, Helsínquia, Lille, Malta, Milão, Sofia, Varsóvia, Viena e Zagreb.