Seguro desafia Passos a definir as condições para um debate a dois

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 13 dez (Lusa) - O secretário-geral do PS desafiou hoje o primeiro-ministro a definir as condições para um debate entre os dois sobre a situação do país até 27 de janeiro, admitindo que possa realizar-se num órgão de comunicação social.

A ideia do debate a dois foi primeiro sugerida por António José Seguro no debate quinzenal na Assembleia da República, quando se discutia se Portugal está ou não atualmente melhor do que no início do programa de ajustamento, em maio de 2011, com o secretário-geral do PS a considerar que o Governo "arruinou o país", enquanto Passos Coelho apresentava a tese diametralmente oposta.

"Discuto isso com factos onde o senhor quiser, aqui ou fora deste parlamento", referiu o líder socialista, enquanto o primeiro-ministro acusava Seguro de nunca esclarecer "onde faria as poupanças" para concretizar o programa de consolidação orçamental.

"Sobre cortes em qualquer setor do Estado, aceito discutir consigo quando o senhor deputado [António José Seguro] disser onde fará poupanças públicas para atingir resultados em matéria de défice público ainda mais exigentes. O senhor deputado não diz onde vai buscar essas poupanças. Quando disser nós conversamos sobre isso", respondeu o primeiro-ministro.

António José Seguro agarrou estas palavras do primeiro-ministro, dizendo imediatamente aceitar "o repto" para o debate a dois.

"Temos de definir as condições e os tempos desse debate para aprofundar as questões das poupanças públicas, mas também um plano de crescimento para o país. Estou disponível para esse debate. Aliás, considero que é essencial fazê-lo antes do dia 27 de janeiro, porque o país teria a ganhar com isso", declarou, numa alusão ao início formal das negociações da saída de Portugal do atual programa de ajustamento.

Segundo Seguro, a partir de agora, vai esperar de que forma o primeiro-ministro "quer realizar esse debate".

"Debato onde o senhor primeiro-ministro quiser, dentro do parlamento, ou num órgão de comunicação social para que mais portugueses possam aprofundar as nossas divergências", especificou.

PMF // SMA

Lusa/fim

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