PGR diz ser ilegítimo protesto dos enfermeiros especialistas e diz que estes podem ser responsabilizados civil e disciplinarmente

| Política
Porto Canal com Lusa

Os enfermeiros especialistas em protesto podem ser responsabilizados civil e disciplinarmente, bem como incorrer em faltas injustificadas, segundo um parecer do conselho consultivo da Procuradoria-geral da República.

O parecer tinha sido pedido pelo Ministério da Saúde a propósito do protesto dos enfermeiros especialistas que está desde o início do mês a paralisar blocos de partos.

O parecer reconhece que os enfermeiros especialistas têm legitimidade para defender os seus interesses remuneratórios, nomeadamente recorrendo à greve, mas ressalva que “a recusa de prestação de serviço dos enfermeiros com título de especialista não é enquadrável numa greve”.

“A não prestação de serviço conduz a faltas injustificadas”, adverte o parecer da PGR divulgado pelo Ministério da Saúde.

No caso de recusarem exercer funções estabelecidas na sua categoria profissional de especialista “com o fundamento de não existir diferenciação remuneratória”, o parecer da PGR refere que podem/devem ser responsabilizados disciplinarmente.

“Acresce que também não é de afastar a responsabilidade civil dos enfermeiros pelos danos causados aos utentes, quando designadamente não seja salvaguardada a prestação de determinados serviços”, lê-se no parecer.

Relativamente à Ordem dos Enfermeiros, o documento sublinha que não se trata de uma associação sindical, pelo que está impedida pelos seus próprios estatutos de exercer ou participar em atividades de natureza sindical ou que se relacionem com a regulação das relações económicas ou profissionais dos seus membros.

Por exemplo, adianta o parecer, a Ordem não pode decidir ou convocar uma greve.

Este protesto dos enfermeiros especialistas que tem afetado os serviços de obstetrícia foi apoiado desde o início pela Ordem dos Enfermeiros.

Os enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica estão, desde o início do mês, em protesto contra o não pagamento dos seus serviços especializados, assegurando apenas cuidados indiferenciados de enfermagem.

+ notícias: Política

Livre aprova grupo de trabalho sobre primárias e quer referendo à regionalização em 2026

O 14.º Congresso do Livre aprovou este domingo 21 das 25 moções específicas apresentadas aos congressistas, que incluem a criação de um grupo de trabalho para melhorar o processo de primárias e um referendo nacional sobre a regionalização em 2026.

Rui Rocha rejeita apoio a Costa para cargo a Europa e critica proposta do PS e da AD

O presidente da IL afirmou que o partido recusa apoiar António Costa para um cargo europeu por não ter uma visão reformista e criticou propostas dos cabeças de lista do PS e AD às europeias.

Catorze candidaturas começam este domingo campanha eleitoral na Madeira

A campanha eleitoral das eleições legislativas regionais antecipadas na Madeira começa este domingo, envolvendo as 14 candidaturas que vão a votos em 26 de maio.Segundo os orçamentos consultados pela Lusa, as 14 candidaturas (13 partidos únicos e uma coligação de dois partidos) preveem gastar um total de 949.678,34 euros na campanha que irá decorrer até dia 24.