Associações Quercus e Acréscimo: prevenção dos incêndios custaria 165 milhões ano, prejuízos custam mil milhões

| País
Porto Canal com Lusa

A prevenção de incêndios florestais custaria por ano 165 milhões de euros, quando os prejuízos resultantes dos fogos causam um prejuízo de mil milhões, seis vezes mais, segundo as contas das associações Quercus e Acréscimo.

Atualizado 27-07-2017 12:03

"É necessário, assim, mais investimento na prevenção e ordenamento florestal, de modo a inverter esta situação", diz-se num comunicado da Associação Nacional de Conservação da Natureza, Quercus, e da Associação de Promoção ao Investimento Florestal, Acréscimo.

Os cálculos das duas associações tiveram em conta custos associados à abertura da rede primária de gestão de combustíveis (faixas sem arborização, com a floresta planeada para diminuir a superfície percorrida pelos incêndios, proteger casas e estradas e isolar potenciais focos de incêndio), a abertura e beneficiação de caminhos florestais e a recuperação e restauro de casas florestais.

Para os 165 milhões foram ainda considerados, dizem as associações, os encargos com o apoio, por cinco anos, a equipas de Sapadores Florestais, em recursos humanos e materiais, "prevendo a criação de duas equipas por concelho, bem como com a contratação de vigilantes por um período de quatro meses ao ano (junho a setembro)".

E engloba-se ainda encargos com a arborização de 1% da área continental com espécies autóctones de baixa combustibilidade, a realização do cadastro florestal simplificado em um milhão de hectares e a recuperação de 10 mil hectares por ano de áreas ardidas.

Quercus e Acréscimo lembram um estudo de 2012 feito por 21 personalidades que estima em mil milhões de euros os prejuízos económicos causados pelos incêndios anualmente, mas salientam que o mesmo não contabiliza "os incalculáveis custos com a perda de vidas humanas" e os encargos ambientais e sociais.

Os incêndios levam, frisam, à delapidação de recursos naturais, com destaque para o solo, à depreciação do território, com impacte na paisagem e no turismo rural, e a prejuízos para a saúde pública, pelo aumento da poluição para a atmosfera e para o meio aquático.

Considerando urgente atuar sobre "este problema nacional", Quercus e Acréscimo apelam no comunicado a "mais investimento na prevenção e ordenamento florestal" e a "sanções para os municípios que não cumpram a legislação de defesa da floresta contra incêndios".

"É inadmissível que ano após ano exista cada vez mais investimento em combate aos incêndios do que na prevenção dos mesmos", dizem a Quercus e a Acréscimo.

+ notícias: País

Jackpot de 166 milhões de euros sem vencedor mas prémios a caminho de Portugal

Não foi desta que o montante "chorudo" do Euromilhões foi atribuído. Para o sorteio 033/2024 desta sexta-feira estavam em jogo 166 milhões de euros.

151 milhões de euros em jogo: eis a chave do Euromilhões

Já são conhecidos os números e estrelas do sorteio de Euromilhões desta sexta-feira. Para o sorteio 033/2024 estão em jogo 151 milhões de euros, depois de não terem existido totalistas no sorteio de 23 de abril.

Libertados suspeitos de tráfico de droga e violência doméstica devido à greve dos oficiais de justiça

A greve dos funcionários judiciais levou a que mais cinco detidos tenham hoje sido colocados em liberdade por se ter esgotado o prazo para apresentação a interrogatório judicial, adiantou o Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ).