Autarca de Alijó elogia estratégia de combate e agradece aos meios
Porto Canal com Lusa
O presidente da Câmara de Alijó, Carlos Magalhães, afirmou hoje que a estratégia de combate ao incêndio que lavra no seu concelho desde domingo "tem sido a correta", numa altura em que falta extinguir 5% do perímetro.
"Toda a estratégia resultou. Felizmente, as notícias são boas ao fim de 76 horas", comentou o autarca, satisfeito, no ponto de situação que as autoridades no local fizeram, pouco depois das 13:00.
Carlos Magalhães comanda os meios no terreno desde segunda-feira à noite, quando foi decretado o estado de emergência municipal, o que permitiu, reconheceu hoje, o reforço de efetivos de combate.
Durante a noite, com temperaturas mais baixas e níveis de humidade maiores, a situação evoluiu favoravelmente, chegado a envolver mais de 700 operacionais, de vários pontos do país.
Às 09:00, 80% do fogo já estava controlado, situação que continuou a evoluir até às 13:00, cumprindo-se as previsões das autoridades. Foram várias horas de voos sucessivos de dois helicópteros e dois aviões no combate ao fogo e no arrefecimento de outras áreas ardidas.
Insistindo na eficácia do combate às chamas, o presidente da câmara acentuou o agradecimento a todos quantos estiveram ou ainda estão nas operações.
Questionado sobre a evolução para a tarde de hoje, afirmou estar "expectante", mas confiante que o incêndio possa ser extinto nas próximas horas. O presidente da câmara indicou ainda que todos os meios vão permanecer no perímetro da área ardida para acautelar a possibilidade de reacendimentos.
Ao início da manhã, Carlos Teixeira estimou que tenham ardido desde domingo cerca de 5.000 hectares de floresta no seu concelho, destacando a perda de muita vegetação resinosa.
"Pouco mais há para arder", lamentou.
Percorrendo algumas das principais estradas do concelho, observa-se hoje a destruição deixada pelas chamas, com vastas áreas de floresta, outrora verdes, e agora vestidas de um manto negro ainda fumegante em vários pontos. Várias aldeias estão rodeadas pelo rasto das chamas e sente-se no ar o cheiro de combustão recente.
"Nem acredito no que estou a ver e nunca pensei que isto chegasse a este ponto", comentava um bombeiro de Alijó, que observava a herança do fogo, encostado a um carro de combate estacionado na beira da estrada.
As pessoas que na segunda-feira tinham sido retiradas de casa devido à proximidade das chamas nas suas aldeias, já regressaram às suas habitações, porque estão asseguradas as condições de segurança, segundo a proteção civil.