Governo da Guiné-Bissau vai averiguar voo de 74 sírios com passaportes falsos para Lisboa
Porto Canal / Agências
Bissau, 11 dez (Lusa) - O governo de transição da Guiné-Bissau anunciou hoje que vai abrir um processo de averiguações sobre as circunstâncias em que 74 passageiros sírios viajaram da capital do país para Lisboa com passaportes turcos falsos.
Da reunião de hoje do Conselho de Ministros "saíram recomendações para averiguação do sucedido", sendo que "os ministros do interior e dos negócios estrangeiros vão apresentar relatórios" relatando o que passou, referiu Fernando Vaz, ministro de estado e da presidência do Conselho de Ministros.
Questionado pela Lusa sobre o facto de a tripulação ter sido coagida pelas autoridades guineenses a transportar as 74 pessoas depois de detetada a irregularidade, Fernando Vaz remeteu os comentários para mais tarde.
"Não vou comentar aquilo de que não tenho informação precisa. Quando tivermos o relatório iremos posicionar-nos", referiu.
"Isso para mim é estranho, é novo", acrescentou.
Ainda segundo Fernando Vaz, foi recomendado que os relatórios sobre o sucedido sejam apresentados "o mais rapidamente possível".
Os 74 passageiros sírios retidos em Lisboa na terça-feira, por uso de passaportes falsos, pediram asilo político e vão aguardar em alojamento fornecido pela Segurança Social o decorrer do processo, disse a presidente do Conselho de Refugiados, Teresa Tito Morais.
Fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portugal disse à Lusa que o comandante do voo da TAP foi forçado a proceder ao embarque dos passageiros por parte das autoridades da Guiné-Bissau.
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