Associação cria linha de financiamento para restauração e alojamento

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Porto Canal com Lusa

Castelo Branco, 27 mai (Lusa) - A Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) anunciou hoje a criação de uma linha de financiamento para apoiar os estabelecimentos de restauração e alojamento afetados pelos últimos incêndios na região Centro.

Em comunicado, a AHRESP revela que "está a negociar com a Secretaria de Estado do Turismo, o Turismo de Portugal e a Entidade Regional de Turismo do Centro uma linha de financiamento específica para apoio à tesouraria" daquelas empresas atingidas pelos incêndios que provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos.

Reunido hoje, em Castelo Branco, o conselho consultivo da associação decidiu também criar "uma rede de alojamento provisório para os desalojados pela catástrofe, nomeadamente, jovens casais que não encontram solução nos atuais centros de apoio, em articulação com a Secretaria de Estado da Segurança Social".

Na reunião, em que participaram representantes dos diferentes órgãos sociais da AHRESP, delegações regionais e grupos de setor, a organização "reforçou os seus votos de profundo pesar pela tragédia que assolou" Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, além de outros municípios vizinhos, nos distritos de Leiria, Coimbra e Castelo Branco.

"Na sequência das diversas ações de solidariedade, em que foram recolhidas várias toneladas de alimentos e bens de primeira necessidade, iniciadas desde a primeira hora, em conjunto com o Banco Alimentar Contra a Fome e a Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB), foi decidido dar continuidade às várias iniciativas, mantendo em funcionamento o centro de receção de bens, nas instalações da AEBB, em Castelo Branco", segundo a nota.

Os incêndios que deflagraram na região Centro, desde o dia 17, provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos e só foram dados como extintos no sábado.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

A área destruída por estes incêndios -- iniciados em Pedrógão Grande, distrito de Leira, e em Góis, distrito de Coimbra -- corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado pelo Governo, em março.

Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, pelo menos 47 morreram na estrada nacional 236-1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.

O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.

O incêndio de Góis, que também começou no dia 17, atingiu ainda Arganil e Pampilhosa da Serra, sem fazer vítimas mortais.

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