Venda de matadouro do Porto é "um dos caminhos possíveis" para Pólo de Empresas

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Porto Canal / Agências

Porto, 09 dez (Lusa) -- A venda do matadouro do Porto prevista no orçamento da Câmara para 2014 não compromete o Pólo de Apoio a Pequenas e Médias Empresas, constituindo apenas "um dos caminhos possíveis" para o projeto, disse à Lusa fonte autárquica.

"É uma forma de salvaguardar todos os caminhos possíveis. A Câmara sabe o que quer fazer para ali, mas ainda não sabe se o vai fazer com fundos próprios, com financiamento comunitário ou alienando o espaço a privados", explicou hoje à Lusa fonte do gabinete do autarca, referindo-se à intenção do presidente Rui Moreira de instalar naquele espaço municipal de Campanhã "uma zona de armazenagem de pequenos negócios do Porto".

O ex-matadouro municipal, avaliado em 5,050 milhões de euros, faz parte da "listagem dos imóveis a alienar" incluída no orçamento camarário para 2014 que o executivo vota na terça-feira, mas isso não quer dizer que "seja o modelo preferencial ou o que está em cima da mesa", acrescentou a mesma fonte.

"A Câmara tinha de prever a venda do matadouro numa altura em que não tem o modelo de financiamento [do projeto] definido. Se a solução passar por uma parceria com privados, a alienação pode acontecer, mas sempre para aquele fim [criação do Pólo de Apoio a Pequenas e Médias Empresas do Porto]", observou fonte camarária.

A venda é, assim, "um caminho possível", caso "o modelo de negócios venha a ser definido dessa forma" e, "se não estivesse prevista no orçamento" dificultava a opção por essa solução, justificou a mesma fonte.

"A Câmara não poderia vender porque não estava previsto. A autarquia admite vender no enquadramento de um projeto cujos contornos ainda não estão definidos", esclareceu.

Numa nota de imprensa divulgada na terça-feira, a autarquia indicava o Matadouro como um dos "projetos relevantes e estratégicos que não serão descurados pela autarquia" sem impacto no orçamento para 2014, por se ter a expectativa de os resolver "com o estabelecimento de parcerias adequadas e com recurso, designadamente, a financiamento comunitário".

Durante a campanha eleitoral, o independente Rui Moreira defendeu a aposta nas áreas da "Economia e Emprego" e indicou Campanhã, uma das zonas mais desfavorecidas da cidade, como prioritária.

No manifesto eleitoral, o agora presidente da Câmara do Porto defendia a "instalação, na freguesia de Campanhã, do Pólo Logístico de Apoio a Pequenas e Médias Empresas do Porto -- comércio tradicional incluído".

O documento identifica "o antigo matadouro municipal" como uma "infraestrutura que dispõe de todas as condições para a criação de uma grande zona de armazenagem de pequenos negócios do Porto", que será "a nova base logística de toda a cidade".

ACG // JGJ

Lusa/fim

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