Jerónimo avisa que melhor distribuição de riqueza precisa de medidas concretas

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 25 abr (Lusa) - O secretário-geral do PCP considerou hoje que a melhor distribuição da riqueza defendida pelo Presidente da República no discurso do 25 de Abril precisa de "medidas concretas" e só é possível "com a valorização do trabalho e dos trabalhadores".

À saída da sessão solene comemorativa dos 43 anos do 25 de Abril, que decorreu hoje na Assembleia da República, Jerónimo de Sousa sublinhou, do discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, "a referência ao poder local democrático" e "a necessidade de uma outra repartição da riqueza".

"É uma declaração importante que precisa de ser concretizada, do nosso ponto de vista. Hoje as injustiças dessa repartição que é feita a desfavor de quem trabalha ou quem trabalhou necessita de medidas concretas, designadamente o combate à precariedade, o combate ao desemprego, a valorização dos salários e dos direitos dos trabalhadores", considerou.

Na opinião do líder comunista, "só assim se concretiza essa expressão - genérica, importante -, mas que precisa de medidas concretas", destacando que tendo feito o registo das palavras do Presidente da República, isso "não significa um posicionamento crítico nem naturalmente uma posição de aplauso".

"O PCP considera, no quadro dessa abrangência de discurso, que é preciso concretizar. A democracia, o 25 de Abril, todos os valores que ele comporta necessitam dessa concretização de respeito por quem trabalha, da sua valorização, da valorização dos seus rendimentos e naturalmente dos seus direitos", apelou.

Para Jerónimo, "é incontornável que hoje, ultrapassada que está a questão da imposição do défice, transformado no alfa e no ómega da nossa vida nacional, que a questão da dívida esteja presente" nas preocupações.

"É preciso, mais do que saber como se paga, da necessidade de uma renegociação que nos liberte dos constrangimentos que essa dívida impõe", reiterou.

O Presidente da República considerou hoje que, nos últimos anos, Portugal teve "vitórias" nas finanças públicas e na economia, mas defendeu que é um imperativo criar mais riqueza e distribuí-la melhor no tempo restante desta legislatura.

"Os dois anos e meio que faltam para o termo da legislatura parlamentar terão de ser de maior criação de riqueza e melhor distribuição", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, no final do seu discurso na sessão solene comemorativa do 25 de Abril na Assembleia da República.

JF (IEL)// JPF

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