Funcionários chineses terão que divulgar bens ou viagens ao estrangeiro
Porto Canal com Lusa
Pequim, 20 abr (Lusa) - Os funcionários públicos chineses terão que fornecer informação pessoal ao Partido Comunista da China (PCC), como bens, investimentos ou viagens ao estrangeiro, de acordo com uma nova regulamentação anticorrupção, informou hoje a agência oficial Xinhua.
As novas regras exigem também que os funcionários comuniquem o estado civil, bens de familiares, antecedentes criminais ou qualquer outro tipo de rendimento que recebam.
Esta regulamentação vai afetar os dirigentes e funcionários de cargos superiores ao nível de deputado de condado.
As novas disposições estabelecem a criação de uma taxa de verificação aleatória, que vai ser aplicada a um em cada dez funcionários, e o agravamento da penalização para declarações falsas.
"O relatório com informação pessoal é uma avaliação importante da lealdade e compromisso com o código de conduta do Partido Comunista", afirmou o departamento de organização do Comité Central do PCC em comunicado.
De acordo com a Xinhua, mais de 9.100 funcionários ocultaram informação pessoal, enquanto 124.800 foram punidos por declarações falsas.
Na quarta-feira, o órgão máximo anticorrupção do PCC publicou uma norma que regula a atividade dos altos cargos do partido nas redes sociais e Internet, incluindo a proibição de receber dinheiro através de carteiras digitais ou abrir lojas 'online'.
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