Músico Lluís LLach distinguido pela SPA em dia dedicado à Catalunha

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 19 abr (Lusa) -- O compositor, poeta e músico catalão Lluís LLach recebe na quinta-feira a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores, numa cerimónia na galeria Carlos Paredes desta cooperativa.

A cerimónia é totalmente dedicada à Catalunha, região autónoma espanhola, com a apresentação da obra "Dois Povos Ibéricos, Portugal e Catalunha", de Fèlix Cucurull, e a intervenção de várias personalidades catalãs e portuguesas.

A obra "Dois Povos Ibéricos, Portugal e Catalunha", de Fèlix Cucurull, foi editada pela Guerra e Paz, numa tradução de Carlos Loures, tendo sido publicada pela primeira vez, em catalão, há 50 anos, e foi distinguida, em 1966, com o Prémio Josep Yxart.

Segundo nota da editora portuguesa, a obra "é constituída por diferentes ensaios sobre as relações culturais entre Portugal e a Catalunha e de certos problemas e características que lhes são comuns".

Fèlix Cucurull (1919-1996) foi opositor ao regime do generalíssimo Francisco Franco, que dirigiu a Espanha de 1938 até praticamente à sua morte, em 1975, e foi um "defensor da cultura da Catalunha".

Neste livro "explora as relações intelectuais entre portugueses e catalães", propondo uma "reflexão em torno das identidades regionais e nacionais".

A obra é apresentada pelo seu tradutor e por Isabel Roig, vereadora da Cultura de Arenys de Mar, nos arredores de Barcelona.

O livro inclui um estudo sobre o "pensamento e obra de Júlio Navarro Monzó, que se dedicou a justificar a existência da nacionalidade portuguesa com uma outra catalã e vice-versa".

Uma das tradições que vai ser referenciada na cerimónia de quinta-feira é a de oferecer um livro e uma rosa, por ocasião do Dia Mundial do Livro, que se celebra no próximo domingo, e sobre a qual falará o conselheiro das Relações Exteriores, Relações Institucionais e Transparência do Governo Autónomo da Catalunha, Raül Romeva.

Segundo a tradição popular catalã, um militar romano recusou-se a cumprir ordens do imperador Diocleciano, que governou Roma de 284 a 305, para perseguir os cristãos, tornando-se um mártir e subindo aos altares católicos como São Jorge (Sant Jordi, em catalão).

A lenda conta ainda que o cavaleiro matou um dragão protegendo a filha do rei. "Do derramamento de sangue" nasceram rosas vermelhas "e desde então -- e até aos dias de hoje, a 'Diada de Sant Jordi', comemorada a 23 de abril, tem por tradição a celebração da festa cultural dedicada a Sant Jordi, onde se trocam livros e rosas, numa verdadeira jornada de amor", segundo comunicado da delegação em Portugal do Governo da Catalunha.

Na cerimónia serão lidos excertos do livro de Cucurull e declamados poemas de Miquel Martí i Pol e de Lluís Llach, que também fará uma intervenção, tal como o presidente da Sociedade Portuguesa de Autores, José Jorge Letria.

Lluís Llach iniciou-se musicalmente nos finais da década de 1960 no ambiente universitário de oposição a Franco, e estreou-se no grupo Setze Jutges, com quem se estreou em 1967.

Em 1968 ficou em 2.º lugar no Festival da Canção de Barcelona com o tema "A Cara ou Cruz" e, no ano seguinte, gravou o seu primeiro álbum, "Les seves primeres cançons". Em 1973 estreou-se no palco do Olympia, em Paris, e, em maio de 1975, atuou pela primeira vez em Lisboa, no concerto "Canto Livre", no Teatro São Luiz.

Autor da canção "Abril 74", Lllach recebeu, do Governo da Catalunha, a "Creu de Sant Jordi", em 1984, e, no ano seguinte, a Academia Francesa do Disco entregou-lhe o Prémio para o Melhor Compositor do Ano.

Em 1999, a UNESCO nomeou Llach "Artista para a Paz". Na primavera de 2007, o músico decidiu pôr um ponto final na carreira, tendo voltado esparsamente aos palcos, nomeadamente para homenagear poetas ou músicos.

NL // MAG

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