Viseu, 17 mar (Lusa) - O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, anunciou hoje que vão ser disponibilizados livros gratuitos para todos os alunos do concelho que frequentem o 1.º ciclo, já a partir do próximo ano letivo.

"No próximo ano letivo, que vai começar em setembro, iremos de imediato disponibilizar livros para todos os alunos do primeiro ciclo, independentemente das famílias terem um, dois ou três filhos", informou.

A medida foi avançada por Almeida Henriques na sua intervenção no seminário internacional "Natalidade e Famílias Numerosas", que decorreu durante a tarde de hoje em Viseu.

"Todas as crianças do nosso 1.º ciclo terão livros gratuitos, sejam eles do ensino público ou do privado", acrescentou, informando que a medida irá beneficiar cerca de quatro mil alunos.

Aos jornalistas, o autarca explicou que esta é uma forma de complementar antecipadamente uma medida que o atual Governo já tinha anunciado e que prevê a disponibilização de livros gratuitos para os alunos do primeiro ano do 1.º ciclo.

"Nós vamos acelerar e, à medida que o Governo for avançando, nós vamo-nos retirando", referiu.

Almeida Henriques recordou que o Município de Viseu assumiu há dois anos um conjunto de 20 medidas que implicam que, a partir do terceiro filho, as refeições, livros, transportes, acesso aos equipamentos desportivos e culturais sejam gratuitos.

"Ao longo dos próximos quatro anos iremos, progressivamente, alargar as medidas que temos para o terceiro filho, também para os segundos filhos", apontou.

No seu entender, Viseu tem procurado estar na primeira linha das políticas familiarmente responsáveis, sendo este um segundo passo.

"É importante que, pelo menos, os casais tenham dois filhos e irmos avançando para uma política em que, a partir do segundo filho, já possamos alargar este conjunto de incentivos, embora na redução do IMI já assim acontecia", considerou.

Para Almeida Henriques, este é um alívio que o município faz às famílias, "numa lógica redistributiva".

"Do IRS que a Câmara tem como receita, canalizamos uma parte para o apoio às famílias: nos livros, transportes escolares, refeições. É uma forma mais democrática de aplicar a receita dos impostos", concluiu.

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