Câmara da Maia acusa direções gerais de Saúde e do Ambiente de "deslealdade"

| Norte
Porto Canal com Lusa

Maia, Porto, 14 mar (Lusa) -- O vice-presidente da Câmara da Maia acusou hoje as direções gerais de Saúde e do Ambiente de "falta de bom senso institucional" e "deslealdade" por não terem comunicado à autarquia a existência de legionela numa fábrica do concelho.

"Ser brando é dizer que há uma falta de bom senso institucional, uma deslealdade mesmo, em não nos comunicarem" a existência de pelo menos um caso confirmado de "doença dos legionários" e sobre mais sete outros casos que estão em análise, disse António Silva Tiago.

Em declarações aos jornalistas, o autarca afirmou que, até final da manhã, não foi possível contactar formalmente a Direção Geral de Saúde para poder "ajudar a resolver e a debelar os problemas que possam existir, embora a autarquia não tenha responsabilidade direta sobre este tipo de problemas, que é um problema de saúde pública".

Silva Tiago afirmou desconhecer também qual a fábrica afetada, frisando que "a Câmara e o município estão completamente fora do conhecimento e de toda a informação", embora admita que essa comunicação da Direção Geral da Saúde (DGS) não seja obrigatória.

"Assim que formos informados da situação, vamos fazer o contrário do que tem sido feito por parte dessas entidades, que é pormo-nos em campo, interagir para respondermos às preocupações da nossa população", acrescentou.

O vice-presidente da Câmara da Maia disse ainda ter já dado indicações aos serviços do Ambiente e da Proteção Civil para os seus técnicos estarem preparados e avançarem logo que a informação chegue.

"Estamos a aguardar a informação concreta e institucional para poder avaliar as coisas. Estamos preparados para agir, para ajudar a DGS, que é quem tem a responsabilidade", frisou.

A Direção-Geral de Saúde revelou segunda-feira que há um caso confirmado de "doença dos legionários" numa fábrica na Maia, Porto, e outros sete "em estudo", tendo sido tomadas "todas as medidas para controlar o problema e prevenir novas ocorrências".

O diretor-geral de saúde, Francisco George, disse à Lusa que "o Instituto Ricardo Jorge identificou a relação causa-efeito entre as secreções pulmonares de um doente com pneumonia provocadas por uma bactéria que é a mesma detetada na água da torre de arrefecimento da respetiva empresa fabril".

De acordo com Francisco George o caso confirmado pela Direção-Geral de Saúde (DGS) foi sinalizado na última semana de fevereiro.

"Todas as medidas foram tomadas para controlar o problema e prevenir novas ocorrências. Prosseguem os estudos em mais sete casos que foram diagnosticados nas últimas semanas", disse Francisco George.

De acordo com o diretor-geral de saúde, as medidas tomadas em conjunto com a Inspeção-Geral do Ambiente vão no sentido de "controlar a situação de 'cluster' de doença dos legionários ocorrida numa empresa fabril da Maia".

A doença, provocada pela bactéria 'legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

PM/ (IMA)// JGJ

Lusa/fim

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