Futebol dá mais agilidade a pessoas com paralisia cerebral, diz estudo

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Porto Canal com Lusa

Porto, 08 jan (Lusa) -- A prática de futebol por pessoas com paralisia futebol faz desenvolver uma maior agilidade nos movimentos e uma mais rápida ativação dos músculos, quando comparados com indivíduos sedentários com a mesma condição, concluiu uma investigadora da Universidade do Porto.

De acordo com a investigadora da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP) Cláudia Cardoso, estas diferenças notam-se, principalmente, nos quadríceps (músculos na parte da frente das coxas) e nos músculos distais (rácio tibial anterior - músculo da perna que se estende na parte lateral da tíbia).

"A lesão do sistema nervoso central, como o caso da paralisia cerebral, provoca um atraso na capacidade de preparação para o movimento (denominado feddforward)", explicou, acrescentando que esse foi o ponto de partida para o estudo.

Os dados para a investigação, na qual participaram indivíduos com diagnóstico de paralisia cerebral com idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos, foram recolhidos no Laboratório de Biomecânica da Universidade do Porto (LABIOMEP), localizado na FADEUP.

Os participantes foram divididos em dois grupos, sendo o primeiro constituído por praticantes de futebol - equipa de futebol na instituição Futebol Clube do Porto - e o segundo por elementos que não realizavam qualquer atividade desportiva regular - utentes da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral (APPC).

Foi efetuada uma recolha inicial, no princípio da época, e outra passados quatro meses. Durante esse período os atletas realizaram treinos três vezes por semana, com a duração de uma hora e trinta minutos, sempre com o mesmo treinador.

Para obtenção dos resultados foi avaliada a atividade muscular dos participantes, através de eletromiografia, tecnologia que permite uma leitura do padrão de ativação dos músculos selecionados para o estudo.

Este projeto surgiu a partir do gosto pessoal da investigadora por desporto, mais propriamente por futebol, e pela necessidade de ver divulgada a prática desportiva em indivíduos portadores de deficiência e o benefício da mesma na população em questão.

O estudo em causa foi orientado pelo professor da FADEUP, Leandro José Rodrigues Machado, e pela fisioterapeuta do Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnologias da Saúde (CESPU), Raquel da Glória Teixeira de Carvalho.

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