Barcelos, Braga, 18 jan (Lusa) - O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) manifestou-se hoje esperançado de que a descida da Taxa Social Única (TSU) seja aprovada na Assembleia da República, sublinhando que o chumbo porá em causa o acordo de concertação social.

"É medida central [do acordo de concertação social]. Se ela desaparecer, é óbvio que o acordo fica em causa", referiu João Machado.

O líder da CAP sublinhou que a descida da TSU em 1,25 pontos percentuais "é fundamental" para as pequenas e médias empresas.

João Machado disse ter "esperança" de que possa ser encontrada solução na Assembleia da República (AR) "que não passe pelo chumbo" da redução da TSU.

"Se passar pelo chumbo, teremos aqui um problema, teremos de ver como o resolvemos", alertou.

Adiantou que na terça-feira teve uma reunião com a direção do CDS-PP, da qual saiu com uma "impressão" positiva.

Segundo disse, ficou com a impressão de que o CDS "terá uma posição de viabilizar a medida" com o seu voto na AR.

No entanto, frisou, "não houve nenhum comprometimento".

João Machado falava em Barcelos, à margem de uma reunião do Conselho Consultivo de Entre Douro e Minho da CAP.

Ponto fulcral desta reunião foi o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020, para o qual, e ao contrário do que vinha acontecendo nos programas anteriores, "há muitos mais projetos do que dinheiro".

Uma realidade que, acentuou, significa que "muitos projetos vão ficar de fora dos financiamentos" mas, por outro lado, "prova que a agricultura está viva e a investir muitíssimo".

Prova dessa vitalidade é o aumento das exportações, que já se cifram em 4 mil milhões euros.

A Assembleia da República vai debater a 03 de fevereiro as apreciações parlamentares de BE e PCP que pedem a revogação da descida da TSU prevista no decreto do Governo, segundo fonte parlamentar.

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