Finanças reiteram que vão continuar "esforço de gestão rigorosa"
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 08 dez (Lusa) -- O Governo reiterou hoje que vai continuar o "esforço de gestão rigorosa das contas públicas" e de fomento da competitividade da economia, considerando que as conclusões da quinta missão pós-programa de ajustamento demonstram os "desenvolvimentos registados" desde junho.
"Em 2017, o Governo prosseguirá o seu esforço de gestão rigorosa das contas públicas e de fomento da competitividade da economia, tendo por objetivo a promoção de um crescimento sustentado e inclusivo, numa perspetiva de médio e longo prazo", reiterou o Ministério das Finanças numa nota enviada à agência Lusa a propósito da conclusão da 'troika', após a quinta missão de acompanhamento pós-programa de ajustamento, que decorreu entre 29 de novembro e a passada quarta-feira.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) mostrou-se hoje otimista para este ano e para o próximo, esperando agora que a economia portuguesa cresça 1,3% este ano e no próximo (em outubro previa um crescimento de 1% e de 1,1%, respetivamente) e que o défice orçamental seja de 2,6% em 2016 e de 2,1% em 2017 (contra a previsão de 3% em cada um dos anos).
O Ministério das Finanças destacou estas revisões em alta do FMI, salientando os "desenvolvimentos registados desde a última missão", realizada em junho (e que tinham as mesmas previsões) que "comprovam os progressos alcançados em áreas chave na economia nacional".
"Assim, confirmou-se o rigor da execução orçamental de 2016 -- o que levou o FMI a melhorar a sua anterior previsão -, reportaram-se os avanços concretos na estabilização do setor financeiro e transmitiu-se o ponto de situação sobre a implementação do Programa Nacional de Reformas", destaca o ministério tutelado por Mário Centeno, salientando também o "comportamento positivo do mercado de trabalho" e a aceleração do crescimento económico no terceiro trimestre.
O Ministério não se referiu aos alertas do FMI deixados para o próximo ano, de que para alcançar o objetivo de um défice de 1,6% do PIB seria necessário um esforço estrutural adicional de 0,4% do PIB, ou cerca de 700 milhões de euros.
SP // SB
Lusa/Fim