Fernanda Mateus reivindica avanços nas pensões em 2017 e ataca anterior Governo
Porto Canal com Lusa
Almada, Setúbal, 03 dez (Lusa) - A dirigente comunista Fernanda Mateus reivindicou hoje que o PCP foi decisivo primeiro para interromper o desmantelamento da Segurança Social com o anterior executivo PSD/CDS-PP e, mais recentemente, para o aumento extraordinário de dez euros nas pensões.
Discursando no segundo de três dias do XX Congresso do PCP, em Almada, Fernanda Mateus, que faz parte da Comissão Política dos comunistas, fez uma distinção entre a legislatura passada com um Governo PSD/CDS-PP e o novo quadro político vigente no país.
Fernanda Mateus defendeu que a inclusão no Orçamento do Estado para 2017 de um aumento extraordinário de dez euros, a partir de agosto, para as pensões até 628,3 euros, partiu de uma proposta e de uma pressão política exercida pelo seu partido junto do Governo.
No novo quadro político, com um Governo minoritário socialista, Fernanda Mateus disse que o PCP irá bater-se por medidas como "o alargamento das fontes de financiamento" da Segurança Social, mas salientou logo a seguir avanços já concretizados, como o "alargamento" dos beneficiários de abono de família.
Em relação à legislatura passada, com o Governo PSD/CDS-PP, Fernanda Mateus fez uma análise oposta, acusando o anterior executivo de ter procurado quebrar o princípio da solidariedade no sistema de providência, substituindo-o por lógica "assistencialistas e caritativas".
"O anterior Governo tentou fazer corroer a justiça contributiva, cortando o valor das pensões e aumentando a idade da reforma. Abalou ainda as fontes de financiamento da Segurança Social, através de uma perda de receitas em consequência da destruição do aparelho produtivo, do aumento do desemprego e da emigração", acrescentou.
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