Antonio José Seguro diz que Governo se especializou em ser oposição ao PS

| Política
Porto Canal / Agências

Nazaré, 10 nov (Lusa) -- O secretário-geral socialista, António José Seguro, acusou hoje o Governo de se ter especializado em ser oposição ao PS e desafiou o primeiro-ministro a parar com o ruído político e a "mandar calar" os seus porta-vozes.

"Pare com o ruído político, mande calar os seus porta-vozes, pare com mais cartas", foi o recado deixado hoje pelo secretário-geral do PS ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

Na Nazaré, onde participa num plenário com militantes sobre a situação política e o Orçamento do Estado para 2014, Seguro acusou o Governo de, "em vez de governar", se ter especializado em "ser oposição ao Partido Socialista" para "desviar as atenções dos problemas do país e da nova proposta de Orçamento [de Estado]".

Segundo Seguro, "os porta-vozes do Governo e vários membros dos partidos do Governo, em particular do PSD, que ocupam lugares de destaque em cargos públicos passam a vida a fazer um cerco ao PS".

O objetivo, afirmou Seguro, é que o PS "se associe a políticas de austeridade com as quais não pactua" e que levaram, durante os 28 meses de governo de coligação PSD/CDS, ao "crescimento da dívida pública", ao "aumento do desemprego" e à deterioração das condições de vida dos portugueses.

Por isso, disse o socialista, o Governo "não calará o PS", que "não faltará a nenhum debate e nenhuma discussão", no parlamento, sobre propostas para o país.

Perante dezenas de militantes, António José Seguro criticou ainda algumas das medidas previstas pelo Governo no âmbito das propostas do Orçamento do Estado para 2014 e elencou as contrapropostas que tem apresentado nas últimas semanas em relação à descida do IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) da restauração, à graduação do IRC (Imposto sobre o Rendimento Coletivo), à alteração do cálculo do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) e ao pagamento das dívidas do Estado às empresas portuguesas.

Na segunda-feira passada, o porta-voz nacional do PSD, Marco António Costa, considerou, em Ovar, à margem de uma sessão de esclarecimento sobre o Orçamento do Estado para 2014, que a indisponibilidade demonstrada pelo PS para o diálogo com o Governo não se verificava em Portugal desde o 25 de Abril e que "é caso único" na Europa.

Marco António Costa afirmou que o PS se fechou "dentro de um casulo em que recusa permanentemente o diálogo" e que, "sempre que lhe é colocada um oportunidade para isso, foge".

DYA // ROC

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