Táxis: Protesto tornou-se num "problema de ordem pública" - Ministro

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 10 out (Lusa) -- O ministro do Ambiente, que tutela os transportes urbanos, afirmou hoje à noite que o protesto dos taxistas "parece ser ilegítimo", por não respeitar o plano anunciado, e que se tornou num "problema de ordem pública".

Em entrevista à SIC, pouco depois das 20:00 -- hora em que as viaturas dos manifestantes continuavam a ocupar as imediações do aeroporto de Lisboa -, João Matos Fernandes disse que apenas viu as imagens dos confrontos ocorridos hoje junto ao aeroporto de Lisboa depois da reunião com os representantes dos taxistas e lamentou que o setor não reconheça que há um processo de diálogo "sempre aberto".

Para o governante, o protesto "já não é só injusto, como parece ser ilegítimo, a partir do momento em que não foi cumprido [o percurso], ultrapassou largamente as horas em que era suposto que acontecesse".

Questionado sobre quem dará ordem de desmobilização da iniciativa, João Matos Fernandes respondeu: "Quem dará essa ordem, e eventualmente já a terá dado, é a minha colega da Administração Interna. Este é neste momento um problema de ordem pública que está, e muito bem, nas mãos dela".

Sobre as declarações de representantes dos taxistas acerca da possibilidade de voltarem a ser recebidos hoje pelo Governo, o ministro disse não ver razão para que isso aconteça, já quem o executivo está a regular a atividade das novas plataformas de transporte com os objetivos de proteger os consumidores e dar garantias de que todos os carros têm condições para o transporte rodoviários, perante uma "concorrência potencialmente desleal".

Os taxistas exigem um contingente para as novas plataformas como a Uber e a Cabify (as únicas a operar em Portugal), mas o ministro sublinhou que os táxis têm esse número limite definido por prestarem serviço público.

"Não há contingente para atividades que não são serviço público", referiu.

ROC // ARA

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