Fundos comunitários vão pagar candidatura do Buçaco a Património da UNESCO

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Porto Canal com Lusa

Mealhada, Aveiro, 07 out (Lusa) - A candidatura da Mata do Buçaco a Património da Mundial da UNESCO vai ser coordenada por uma empresa especializada, que será paga com fundos europeus destinados a financiar iniciativas de turismo sustentável em áreas classificadas.

A contratação da agência de consultoria portuguesa Blue Earth será oficializada durante a próxima semana, através do consórcio regional da Estratégia de Eficiência Coletiva Provere iNature - Turismo Sustentável em Áreas Classificadas.

Coordenado pela Agência de Desenvolvimento Gardunha XXI, o consórcio é um parceiro privilegiado da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR) e abrange sete comunidades intermunicipais e 16 grupos de ação local, num total de 224 entidades de 12 áreas classificadas da região Centro: Serra da Estrela, Tejo, Gardunha Malcata, Côa, Mata do Buçaco, Açor, Vouga-Caramulo, Sicó-Alvaiázere e Aire e Candeeiros.

"Precisamos de apresentar uma candidatura profissional e bem estruturada e daí o recurso a profissionais que já coordenaram com sucesso candidaturas semelhantes", disse à agência Lusa o presidente da Fundação Mata do Buçaco, António Gravato, que não quis confirmar a informação de que o contrato com a Blue Earth deverá rondar os 70 mil euros.

O recurso a uma empresa especializada para coordenar a candidatura a Património Mundial da UNESCO foi avançado em diversas ocasiões por Rui Marqueiro, presidente da Câmara da Mealhada, entidade que contribui com 200 mil euros por ano para o orçamento da Fundação que gere o património da Mata do Buçaco.

"Julgo que deverá ser esse o próximo passo. Para que uma candidatura dessa importância tenha sucesso devemos recorrer a quem já tem experiência em situações semelhantes", defendeu o autarca no início do ano, durante a visita ao Buçaco do ex-ministro da Cultura João Soares.

António Gravato manifesta total concordância com as palavras do autarca e recorda que em junho o Deserto dos Carmelitas Descalços e o Conjunto Edificado do Palace Hotel, no Bussaco (Luso, Mealhada), foram incluídos na Lista Indicativa de Portugal ao Património Mundial da UNESCO, divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

A inclusão na Lista Indicativa, destaca Gravato, é um pré-requisito indispensável para a candidatura de Bens a Património Mundial, segundo as regras da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

"A candidatura à UNESCO irá desde logo alavancar-nos para outro patamar. Daí surgirão, estou certo, os principais recursos tão desejados para a transformação final e definitiva deste espaço de excelência", refere o presidente da Fundação Mata do Buçaco.

António Gravato manifesta ainda a esperança de que a Mata do Buçaco venha ser declarada Monumento Nacional "a curto prazo", o que viria abrir novos horizontes na captação de fundos para requalificar o património edificado e manter a vasta zona florestal.

O diploma que eleva a Mata a Monumento Nacional ficou pronto ainda durante a passagem de João Soares pela Cultura e aguarda homologação em Conselho de Ministros.

Com 105 hectares, a Mata Nacional do Buçaco foi plantada pela Ordem dos Carmelitas Descalços no século XVII, encontrando-se delimitada pelos muros erguidos pela ordem para limitar o acesso.

Atualmente classificado como Imóvel de Interesse Público, o conjunto monumental do Buçaco apresenta um núcleo central formado pelo Palace Hotel do Bussaco (instalado desde 1917 num pavilhão de caça dos últimos reis de Portugal) e pelo Convento de Santa Cruz, a que se juntam as ermidas de habitação, as capelas de devoção e os Passos que compõem a Via Sacra, a Cerca com as Portas, o Museu Militar e o monumento comemorativo da Batalha do Bussaco.

Os cruzeiros, as fontes (com destaque para a Fonte Fria com a sua monumental escadaria) e as cisternas, os miradouros e as casas florestais, compõem o vasto conjunto do património.

Em 2015, a Mata ultrapassou pela primeira vez a barreira dos 200 mil visitantes, número que a Fundação que gere o espaço espera superar este ano.

RBF // SSS

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