Novo aumento de impostos admitido por Costa é "assalto" aos contribuintes - Cristas

| Política
Porto Canal com Lusa

Lajes do Pico, Açores, 03 out (Lusa) - A presidente do CDS-PP disse hoje que o aumento de impostos indiretos admitido pelo primeiro-ministro numa entrevista configura "um assalto" ao bolso dos contribuintes e cria um clima de instabilidade no país.

"O primeiro-ministro confirmou hoje as piores expectativas e receios dos portugueses quando vem afirmar na entrevista que dá que haverá um novo aumento de impostos, aumento de impostos indiretos e eu lembro que estes impostos indiretos são impostos cegos àquilo que é o rendimento dos portugueses", afirmou Assunção Cristas.

A líder centrista, que falava aos jornalistas na ilha do Pico, para participar na campanha eleitoral para as legislativas regionais dos Açores, considerou que o próximo Orçamento do Estado vai, assim, contemplar "mais um assalto ao bolso dos contribuintes portugueses e sobretudo de uma forma absolutamente insensível àquilo que é a capacidade de rendimento dos portugueses".

Para Assunção Cristas, este anúncio "cria um clima permanente de dúvida, de instabilidade, de desconfiança e as pessoas não podem ter tranquilidade".

O primeiro-ministro, António Costa, deu hoje uma entrevista ao jornal Público e, à pergunta se vai subir impostos indiretos, respondeu: "O principal imposto indireto - o IVA - não só não aumentou como a mudança que houve foi no sentido de o reduzir, no caso pontual da restauração. Há outros impostos indiretos que já tiveram atualização. É provável que no próximo ano haja também outra tributação indireta".

O primeiro-ministro não concretizou os impostos indiretos nos quais pode haver aumentos, referindo que "pode haver outra tributação indireta. O país tem de fazer escolhas. Queremos baixar a tributação sobre o trabalho ou não queremos? Queremos tributar mais o investimento ou tributar menos o investimento?".

Para António Costa, há "outros impostos especiais sobre o consumo que dependem de escolhas individuais: produtos de luxo, tabaco, álcool. Não estou a fazer qualquer moral fiscal, mas dependem da escolha".

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