A pedido dos sindicatos da função pública, o modelo de Gestão da ADSE poderá ser estendido a trabalhadores com contrato individual, como médicos, enfermeiros e outros já em 2017.

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, anunciou ontem no Parlamento, as linhas gerais da transformação do modelo de gestão da ADSE, que centrará as suas atenções no alargamento a novos beneficiários, depois de concluido o novo modelo de gestão, que transformará esta Direção-Geral, num instituto público de gestão partilhada, tendo também representantes dos beneficiários.

A ADSE que conta esta quarta-feira com 1,24 milhões de beneficiários, será aberta a trabalhadores com contrato individual de trabalho em organismos públicos , 90% na saúde, afirmando José Abraão, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública que esta "É uma proposta que fazemos há sete anos. Só nos podemos congratular com a possível abertura",  defendendo porém que o Estado e os empregadores públicos devem ser financiadores, pois "Não se mantém um subsistema suportado só por beneficiários."

Os sindicatos da função pública que pediam esta medida, estimam que no caso dos hospitais EPE, correspondam a cerca de metade dos 91 mil que ali trabalham, podendo esta solução ser uma hipótese para rejuvenescer a idade média dos que usufruem deste subsistema de saúde,que ronda os 48 anos. Embora, não existam dados oficiais sobre o universo em causa.

O ministro da Saúde prevê que novo modelo entre em vigor já em 2017, depois da reunião de secretários de Estado e de ser sujeito a aprovação e discussão pelo Conselho de Ministros.

Muitos dos profissionais que têm contrato individual de trabalho, como médicos e enfermeiros, poderão beneficiar do alargamento, caso aconteça, como avança o Diário de Notícias/Dinheiro Vivo