Responsáveis por contratos lesivos para o Estado devem ser afastados- Passos Coelho

| Política
Porto Canal / Agências

Bragança, 01 jun (Lusa) -- O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu hoje que os responsáveis por contratos lesivos para o Estado devem ser afastados dos cargos e impedidos de prover lugares públicos.

O chefe do executivo ressalvou que "o Governo não se pode substituir aos tribunais, mas há outro tipo de responsabilidades que são as gestionárias e essas têm de ser logo assumidas".

Passos Coelho passou a manhã em Bragança e não comentou aos jornalistas as notícias da imprensa nacional de hoje, que dão conta de que o Governo decidiu afastar os gestores públicos envolvidos na polémica dos contratos 'swap'.

Num discurso na cerimónia de entrega da obra da barragem de Veiguinhas, na Câmara Municipal, referiu-se, no entanto, aos "contratos que têm implicações financeiras pesadíssimas para todos os portugueses" e à responsabilidade de quem os aceitou.

"Quando dizemos que alguém que teve responsabilidade de gestão numa coisa que não correu bem, deve colocar o seu lugar à disposição e deve sair, não estamos com isto a dizer que ele tem responsabilidade cível ou penal ou de outra natureza, estamos a dizer que pessoas que puderam no âmbito das suas funções gestionárias imputar prejuízos que não são aceitáveis para o Estado não podem permanecer nas suas funções", afirmou.

Mas para Passos Coelho, "não pode ser só isto" e é preciso saber e responsabilizar também quem deu pareceres favoráveis a esses contratos.

"Houve muitas empresas que deram pareceres, muitos assessores financeiros que deram pareceres, aval a essas situações, que disseram: essas decisões foram muito bem tomadas, é preciso saber quem é que nessas empresas deu esses pareceres positivos, achou bem aquilo que hoje custa milhares de milhões de euros de custo potencial para o país", apontou.

O primeiro-ministro defendeu que "enquanto essa gente estiver a fazer pereceres e a assinar contas, essas empresas não sejam contratáveis pelos institutos públicos, pelas empresas públicas, pelo Estado".

Passos Coelho quer também saber "quem nos serviços públicos deveria ter estado atento à verificação destes contratos e achou que isto não tinha importância" para ser afastado de futuros concursos públicos para prover lugares de dirigentes.

"Não podemos prover concursos com pessoas que possam não ter sido zelosas das suas atribuições e competências por onde passaram, temos de ser exigentes", considerou.

HFI // SMA

Lusa/fim

+ notícias: Política

Pedro Nuno Santos, João Galamba e Pedro Marques vão ser ouvidos na AR sobre privatização da ANA

O requerimento do PSD para ouvir no parlamento os ex-ministros socialistas Pedro Marques, Pedro Nuno Santos e João Galamba sobre a privatização da ANA Aeroportos foi esta quarta-feira aprovado na Comissão de Economia.

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".