Plano de Emergência Municipal do Funchal foi desativado

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Porto Canal com Lusa

Funchal, Madeira, 16 ago (Lusa) -- A Comissão Municipal de Proteção Civil do Funchal decidiu hoje desativar o Plano Municipal de Emergência que foi operacionalizado na passada terça-feira devido aos incêndios que deflagraram no concelho, informou o presidente da autarquia.

"Temos condições atmosféricas mais favoráveis, o que significa que, analisadas as circunstâncias - o facto de não termos nenhuma frente ativa e tecnicamente os fogos estarem extintos -, houve a decisão, por unanimidade, de desativar o Plano Municipal de Emergência", disse Paulo Cafôfo em conferência de imprensa.

O responsável referiu que no passado fim se semana se registaram "alguns reacendimentos", uma situação que considerou "perfeitamente normal".

Os reacendimentos ocorreram sobretudo na zona de São João Latrão, em São Gonçalo, mas foram "situações perfeitamente controladas".

O autarca mencionou que têm surgido algumas dificuldades para "gerir os alertas" em casos em que as pessoas que, "ainda com medo e pânico", ligam para o Serviço Municipal de Emergência e quando os meios chegam aos locais "verificam que não há ocorrência significativa".

Paulo Cafôfo apontou que vai continuar a vigilância nas zonas afetadas e naquelas em que não houve problemas, havendo preocupação com as serras de Santo António.

Os operacionais contam com a colaboração do Exército.

Cafôfo sublinhou que o município "está agora focado na recuperação da cidade, no renascer do Funchal das cinzas", recordando que foi criado um gabinete técnico no qual ficará "centralizada toda a recuperação".

A prioridade é resolver a situação das 272 habitações afetadas pelo fogo.

"Vamos começar pelo núcleo [histórico] de São Pedro [centro do Funchal], porque temos lojas fechadas, ruas encerradas ao trânsito e à circulação pedonal", explicou.

Será feita uma avaliação técnica dos imóveis afetados com o apoio de uma equipa da Câmara Municipal do Porto que se deslocou ao Funchal.

O autarca admitiu a necessidade de fazer algumas demolições e reafirmou, ainda sobre a reconstrução de habitações, que serão atribuídos apoios financeiros diretos aos moradores afetados e ajudas em espécie, tendo em conta os apoios enviados.

A Câmara de Torres Vedras, por exemplo, mandou telhas.

O município funchalense vai também facultar projetos de arquitetura e aferir a propriedade dos imóveis por forma a sanar as situações de ilegalidade de algumas casas, e não vai permitir a reconstrução em zonas consideradas de risco, pelo que criou também uma bolsa de terrenos para a construção de novas habitações.

AMB // ROC

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