Varandas do centro histórico de Vila Real são palco para concerto no dia 27
Porto Canal com Lusa
Vila Real, 19 jul (Lusa) -- As varandas do centro histórico de Vila Real vão servir de palco, no dia 27, para um concerto integrado no projeto "Mátria - uma ópera para o Douro", anunciou hoje a organização.
A iniciativa "Banda à varanda" vai distribuir os músicos por diferentes varandas dos edifícios do Largo da Capela Nova, na cidade de Vila Real, e lançar o desafio de "pôr toda a gente a olhar para cima".
Os promotores da iniciativa explicaram hoje, em comunicado, que a performance se inspira no universo mais tradicional das bandas filarmónicas mas projeta-se para novas sonoridades.
A música foi escrita por dois jovens compositores, nomeadamente Ângela da Ponte, com doutoramento em Composição pela Universidade de Birmingham, no Reino Unido, e Fábio Videira, que está a concluir o mestrado, também em Composição, no Real Conservatório de Antuérpia, na Bélgica.
Os dois músicos dizem que este concerto é "um desafio sonoro em construção e que vai exigir do público recetividade e espírito criativo para entrar no ambiente sonoro".
"Banda à Varanda" conta com a participação de músicos das bandas de Mateus, Portela, São Mamede de Ribatua e da Orquestra de Sopros do Conservatório Regional de Música de Vila Real.
Os moradores e comerciantes do Largo da Capela Nova cederam as suas varandas para a realização do evento.
Este concerto faz parte da programação de Vila Real Capital da Cultura do Eixo Atlântico 2016 e está integrado no projeto Mátria, que tem como objetivo principal a criação de uma ópera baseada na obra de Miguel Torga.
O projeto é coordenado por Eduarda Freitas, também autora do libreto, e tem como entidade promotora a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
Para o vice-reitor Artur Cristóvão, "o Mátria é um projeto de território, que se constrói com o envolvimento ativo dos atores culturais da comunidade".
"Com a iniciativa 'Banda à Varanda' mostra-se e promove-se um importante recurso cultural desta região, as suas bandas de música. Assim se faz cultura e se anima o território", salientou o responsável.
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