PSD diz que provedor de Justiça não dá garantias de "imparcialidade"

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 31 mai (Lusa) - O PSD considerou hoje que o provedor de Justiça "não dá garantias de isenção e imparcialidade" e defendeu que Alfredo José de Sousa deve tirar ilações por ter optado por ser "um ator político parcial".

"O provedor de Justiça é um órgão independente que tem que dar garantias de imparcialidade e excedeu manifestamente este estatuto com as declarações que prestou hoje", afirmou a vice-presidente do grupo parlamentar do PSD Teresa Leal Coelho, em declarações aos jornalistas no Parlamento, a propósito da entrevista que Alfredo José de Sousa deu à Antena 1.

Na entrevista, o provedor de Justiça sustenta que "um refrescamento na situação política" antes de junho de 2014 só será possível com a realização de eleições antecipadas no mesmo dia das autárquicas.

"É a única hipótese que vejo, senão só depois de junho de 2014", alerta Alfredo José de Sousa, que gostava de ver o que acontecia se o líder do CDS batesse com a porta, mas acredita que Paulo Portas aguenta até junho de 2014, data das próximas eleições legislativas.

Sublinhando que enquanto estiver no cargo, o provedor de Justiça não pode ser "um ator político e muito menos uma oposição relativamente àqueles que fiscaliza", Teresa Leal Coelho lembrou que uma das suas funções é apreciar as queixas apresentadas pelos cidadãos contra a administração pública e o poder político e, por isso mesmo, "tem que dar garantias de imparcialidade e independência".

"Hoje manifestamente excedeu os limites do exercício da sua função", declarou, considerando que Alfredo José de Sousa tem de tirar as consequências das afirmações que proferiu, porque também o regular funcionamento das instituições democráticas está posto em causa.

"O provedor de Justiça terá que fazer a sua própria apreciação, a sua própria autocrítica. O que nós sabemos é que o estatuto do provedor de Justiça garante imunidade ao provedor de Justiça precisamente para o exercício das suas funções, não para extravasar as suas funções. Nós repudiamos que atue como um ator político que não dá garantias de isenção e de imparcialidade", frisou.

Questionada se o PSD entende que o provedor de Justiça se deve demitir, a vice-presidente do grupo parlamentar do PSD reiterou que Alfredo José de Sousa "deve tirar as ilações que entender em razão de ter optado por por ser um ator político parcial".

VAM (ACG) // JPF

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