Homens capturados pelo exercito moçambicano negam serem da Renamo e assumem-se como camponeses

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Porto Canal / Agências

Gorongosa, Moçambique, 18 out (Lus) - Os seis homens capturados pelo exército governamental quinta-feira na região de Mucodzi, distrito de Gorongosa, Sofala, centro de Moçambique, após confrontos com guerrilheiros da Renamo, negam sua participação do ataque e asseguram terem sido "confundidos".

"Eu estava na machamba (horta) com a minha esposa quando os confrontos começaram, então deitmos-nos no chão até que os disparos cessarem. Depois, aproximei o exército para pedir ajuda para atravessar a rua para a minha casa e fui preso" disse à agência Lusa Lino Jofrisse, que se identifica como um camponês da região, e que o exército o aponta como principal artilheiro dos guerrilheiros.

"Deviam ser 12 horas da tarde quando uma coluna militar se aproximou a um controlo da Renamo e os homens começaram a tomar posição e iniciou-se a troca de tiros. Eu alertei a minha esposa para fugirmos porque havia confusão. Saímos correndo até que caí numa cova e depois capturado", explicou à Lusa Salomão Machava, que também se identifica como camponês.

O exército e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, trocaram acusações quinta-feira de "emboscadas" e "provocações", após violentos confrontos na região de Mucodzi, a meio caminho entre a antiga base do movimento e a vila da Gorongosa.

As Forças Armadas de Defesa de Moçambique apresentaram dois homens armados da Renamo "abatidos" em resposta a uma "emboscada" em Mucodzi, sem nenhuma baixa, além da captura de outros seis e destruição e ocupação da sub-base dos guerrilheiros.

Já a Renamo reivindica ter morto 17 elementos do exército nos confrontos de quinta-feira e assegura não tolerar "provocações".

"Eu não sei porque fomos capturados, não fizemos nada e nem participei dos ataques", disse à Lusa Paulo Cipriano, o único homem capturado que estava com a farda verde dos guerrilheiros da Renamo, junto à sua arma e munições apreendidas.

O centro de Moçambique, onde o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, vive há um ano, em protesto contra a alegada ditadura da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), tem sido palco de confrontos entre o movimento e as forças de defesa e segurança moçambicanas.

A atual tensão política em Moçambique foi provocada pela recusa da Renamo em participar nas eleições autárquicas de 20 de novembro em boicote à lei eleitoral, que considera favorável à Frelimo.

AYAC // JCS.

Lusa/Fim

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