Penafiel, 15 out (Lusa) - Formadores e formandos de sete cursos em Penafiel têm pagamentos em atraso, confirmou hoje à Lusa o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), organismo que responsabiliza uma entidade externa pela situação. "O IEFP teve conhecimento da existência de dívidas a formandos e a formadores", lê-se num esclarecimento enviado hoje à Lusa, no qual se sublinha, contudo, que aquele organismo do Estado não tem quaisquer dívidas para com a entidade formadora externa. "Relativamente às sete ações em funcionamento nesta entidade, no ano de 2013, o IEFP efetuou tempestivamente todos os pagamentos [à entidade formadora]", assinala-se também no documento. Ainda relativamente a este processo, o IEFP esclarece que a Filomarketing, entidade provada com sede em Penafiel, "não apresentou, para receber o próximo pagamento, as necessárias certidões de situação regularizada perante Segurança Social e a Autoridade Tributária, condição necessária para qualquer tipo de habilitação a programas com financiamento público". O IEFP reconhece que as formações estiveram suspensas durante alguns meses, mas já foram parcialmente retomadas, agora sob responsabilidade do Centro de Formação do Porto. "O IEFP vê-se, assim, forçado a assumir a gestão direta destas ações pelo Centro de Emprego de Formação Profissional do Porto, garantindo padrões de qualidade técnico-pedagógica adequados. Das sete formações afetadas, seis foram retomadas no dia 08 de outubro e a restante deverá no dia 21 de outubro. O problema tem afetado cerca de uma centena de formandos, de vários concelhos do Vale do Sousa e Baixo Tâmega, e três dezenas de formadores. Um formador contactado pela Lusa disse ser credor de cerca de 6.000 euros alegadamente devidos pela Filomarketing, relativos a 2013 (de janeiro a julho). Desde 2010 que os pagamentos se tornaram mais espaçados, mas só estão em atraso os relativos ao presente ano, explicou. Confirmou também haver atrasos de cerca de três meses no pagamento aos formandos. O IEFP adianta que vai proceder "com a maior brevidade possível à regularização dos pagamentos a formandos e formadores, após avaliação de cada uma das situações, com base nos dossiês que ainda não foram entregues pela Filomarketing". Aquela entidade conclui estar "a fazer tudo o que está ao seu alcance para mitigar todos os inconvenientes gerados por esta situação, quer aos formandos quer aos formadores, atento o superior interesse público". A Lusa tentou, sem sucesso, o contacto com o sócio maioritário da empresa. APM // JGJ Lusa/fim