Banif quer arrecadar cerca de 137 ME junto de investidores estrangeiros

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 14 out (Lusa) -- O Banif quer angariar junto de investidores institucionais internacionais os cerca de 137 milhões de euros que faltam para que o Estado deixe de ser acionista maioritário do banco, disse hoje o seu presidente executivo.

O Banif recebeu, em janeiro, 1.100 milhões de euros de dinheiros públicos (700 milhões em ações e 400 milhões em instrumentos de dívida convertíveis em ações [as chamadas 'CoCo' bonds]), no âmbito do processo de recapitalização que deixou o Estado com o controlo de cerca de 99% da instituição.

Na sequência desta operação, o banco ficou obrigado a realizar um aumento de capital de 450 milhões de euros, para que o Estado veja a sua participação reduzida a 60,57% do capital e 49,41% dos direitos de voto.

"Do nosso desafio dos 450 milhões de euros, falta-nos cerca de 137 milhões de euros", disse o presidente executivo do Banif, Jorge Tomé, durante a apresentação dos resultados da oferta pública de troca de obrigações por ações, que permitiu ao banco aumentar o capital em cerca de 71 milhões de euros.

Jorge Tomé avançou que a operação para arrecadar os cerca de 137 milhões de euros vai realizar-se nas "próximas semanas" e que a procura vai ser feita junto de investidores institucionais internacionais, admitindo a possibilidade de surgir um investidor estratégico.

Será "uma operação para mercado, abordando basicamente os investidores institucionais internacionais. No conjunto desses contactos, poderá surgir um investidor que queira ficar com os 130 ou 140 milhões, mas esse não é objetivo principal", disse o presidente executivo do banco, em declarações aos jornalistas no final da sessão de apresentação da oferta pública de troca.

Questionado sobre as negociações com a Comissão Europeia para fechar o plano de reestruturação do banco, Jorge Tomé disse que "tem havido muita interação" com o executivo comunitário e escusou-se a avançar uma data para a conclusão do processo.

"Não gostaria de fazer previsões nessa matéria", disse.

CSJ/(IM)// ATR

Lusa/Fim

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