Lipor acusa Quercus de divulgar informação "falsa" sobre cinzas volantes

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Porto Canal com Lusa

Porto, 11 mai (Lusa) - A Lipor -- Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, acusou hoje a Quercus de divulgar informação "falsa" e "irresponsável" sobre as cinzas da sua central de incineração e garante que as mesmas não são depositadas sem tratamento.

"A informação hoje divulgada pela Quercus é falsa, irresponsável, pretendendo apenas alarmar a opinião pública sobre uma matéria para a qual a Lipor tem estado sempre muito atenta, sempre aberta ao diálogo e à informação", refere, em comunicado, a estrutura regional responsável pela gestão de resíduos.

Em causa está uma nota divulgada hoje pela associação ambientalista Quercus que questiona qual o destino dado pela Lipor às cinzas da sua central de incineração que diz serem perigosas.

Segundo a Quercus, a Lipor "pretendia enviar para um aterro de resíduos não perigosos as cinzas volantes provenientes da sua central de incineração de resíduos urbanos após as mesmas passarem por um processo de solidificação com cimento".

A entidade visada responde que "não deposita, nem nunca depositará cinzas volantes não tratadas em qualquer aterro".

"Temos a forte convicção que a informação veiculada pela Quercus é, pois, falsa, infundada e desconhecedora da realidade", frisa a Lipor, salientando que os ambientalistas não compareceram "a várias reuniões bipartidas, aliás por si pedidas, agendadas para a informação desta temática".

Acrescenta que a sua Central de Valorização Energética "incorpora desde a sua conceção um processo dedicado de solidificação das cinzas com recurso a ligantes hidráulicos, processo este, devidamente, licenciado e patenteado de acordo com as melhores técnicas disponíveis no setor".

"Na licença ambiental da instalação, documento público e de consulta generalizada, é assumida a existência do processo de inertização e a deposição do resíduo daí resultante em aterro, aterro esse licenciado para resíduos não perigosos", assinala.

Explica também que na licença é referido "que as cinzas e resíduos do tratamento de gases, após inertização com ligantes hidráulicos, não apresentam características de perigosidade e são transportados e depositados em alvéolo dedicado a este tipo de material".

De acordo com a Lipor, "o processo de inertização com recurso a ligantes hidráulicos é uma técnica utilizada a nível europeu e reconhecida como eficaz na situação invocada".

"Se assim não o fosse, e as questões ambientais fossem lesadas por este tipo de procedimento, seriam as próprias autoridades a não o reconhecerem nos documentos orientadores para o setor", destaca.

Por contraponto, a Quercus referiu hoje ter tido acesso a uma carta da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) segundo a qual "o processo de solidificação das cinzas perigosas, através da adição de cimento, não elimina a perigosidade das cinzas".

A Lipor destaca ainda que "ao longo do período de funcionamento têm sido várias as entidades que supervisionam e fiscalizam a atividade da Central de Valorização Energética" e que em 2015, após verificação pela Inspeção Geral dos Ministérios do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia e da Agricultura e do Mar, "nada resultou de incumprimento".

LIL // JGJ

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