Metade das empresas com um volume de negócios abaixo dos 11 mil euros em 2011

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 31 mai (Lusa) -- Metade das empresas registou um volume de negócios inferior a 111 mil euros em 2011, enquanto 10% das maiores ultrapassaram um milhão de euros, num ano em que apenas as empresas exportadoras contrariaram a queda dos principais indicadores financeiros.

As grandes empresas, um universo restrito de 0,4% do total das sociedades (1.095 em 300.923), deram, por outro lado, emprego a 28,8% do pessoal ao serviço das empresas portuguesas (2,786 milhões de pessoas), revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Este grupo de empresas gerou 43,4% do volume de negócios (143,2 mil milhões de um total de 329,9 mil milhões de euros) e foi responsável por 42,3% do Valor Acrescentado Bruto (VAB) da economia nacional (32 mil milhões de um total de 75,6 mil milhões de euros).

De acordo com o estudo 'Empresas em Portugal -- Perfil das Sociedades 2011' do INE, no ano em análise, das sociedades não financeiras, 84,7% (254.764 ) eram microempresas, o número de pequenas empresas ascendeu a 39.037 (13%), ao passo que as médias empresas representavam 2% do universo das empresas registadas (6.027).

O Comércio, que reúne tradicionalmente a maior fatia das empresas portuguesas (28,5% em 2011), gerou a maior parte da atividade económica, com o volume de negócios a ascender a 36,4% do total.

Já sob o ponto de vista do VAB a preços de mercado e do excedente bruto de exploração (EBE), o setor da Indústria e Energia foi o que mais se destacou, registando respetivamente 29,8% e 39,2% do total.

Em contrapartida foram as Atividades de informação e de Comunicação -- se for excluído o agregado 'Outras atividades de serviços' -- que registaram a maior proporção entre o valor acrescentado e o volume de negócios (42,1%), revelou o INE.

As Atividades de informação e de Comunicação apresentaram tanto os maiores gastos com o pessoal por pessoa empregada (33.756 euros) como o maior rácio do VAB por pessoa empregada (72.879 euros).

No outro extremo desta relação entre o peso dos gastos com o pessoal e VAB, o setor da Agricultura e Pesca foi aquele em que se observou a percentagem mais elevada desse rácio (87,4%).

A parcela dos gastos com o pessoal no VAB gerado pelo universo das empresas nacionais foi de 64,9%, sendo que só as grandes empresas apresentaram uma percentagem inferior (56,6%). Os gastos médios com o pessoal por pessoa empregada situaram-se em 17.606 euros, indicador que foi superior nas empresas médias (20.286 euros) e mais ainda nas grandes (22.533 euros).

APL // MSF

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