Governo propôs Vasco da Gama para marcha da CGTP por não levantar problemas de segurança
Porto Canal
O Ministério da Administração Interna (MAI) revelou hoje que sugeriu à CGTP o uso da ponte Vasco da Gama para a manifestação do próximo sábado porque esta alternativa não coloca os problemas de segurança identificados na Ponte 25 de abril.
Num comunicado, o MAI destaca que, face à intenção da CGTP de realizar dia 19 uma manifestação na Ponte 25 de Abril, ouviu o Conselho de Segurança da Ponte 25 de Abril e a PSP, "as duas entidades com competência legal para pronúncia sobre a matéria", que deram parecer desfavorável, pelo que esta ponte "não poderá ser utilizada para o efeito pretendido".
Segundo o MAI, a PSP justificou com razões de falta de segurança o parecer negativo à realização da marcha.
"Não podendo, pois, ser utilizada a Ponte 25 de Abril, as entidades responsáveis pelas forças de segurança consideram, porém, ser possível a utilização, em alternativa, da Ponte Vasco da Gama, uma vez que esta infraestrutura não coloca, para o fim em vista, os problemas de segurança identificados na Ponte 25 de Abril", destaca o MAI.
O Governo realça que foram ouvidas a Estradas de Portugal S.A. e a Lusoponte sobre esta alternativa, que não colocaram, então, objeções.
O MAI salienta que "a decisão cabe porém aos promotores da manifestação", mas a CGTP já divulgou que recusa esta hipótese, por considerar que os problemas levantados pelo Governo são ultrapassáveis.
"Existem todas as condições para que ela [a Marcha 'Por Abril, Contra a Exploração e o Empobrecimento'] se realize nesse percurso. (...) Na nossa opinião, não há razões para mudar", afirmou Arménio Carlos.
O sindicalista questionou ainda a realização de outros eventos no tabuleiro da Ponte 25 de Abril, e que, por isso, não entendia os problemas acrescidos para a marcha marcada.
"Se a Ponte 25 de Abril não levanta problemas de maior às meias maratonas, por que razão levanta problemas acrescidos à marcha da CGTP?", questionou.
A central sindical garante ainda que a PSP já disse que era capaz de garantir a segurança dos participantes nesta marcha durante a travessia da ponte, e sugeriram mesmo que as duas faixas laterais do tabuleiro da ponte não fossem utilizadas para a marcha.
A CGTP e o ministro da Administração Interna voltam a reunir-se na segunda-feira para discutir este tema.