Mais de 50 empresas encerram após alerta da OMS para o consumo de carnes processadas
Porto Canal (AYS)
O alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o risco de desenvolvimento de cancro no consumo de carnes processadas leva ao encerramento de mais de 50 empresas nos últimos seis meses. Valores não ficam por aqui.
A OMS assume que as carnes processadas (fumadas, curadas, salgadas, ou com conservantes) contêm substâncias cancerígenas responsáveis pelo surgimento de cancro no intestino.
Em declarações ao JN e o Dinheiro Vivo, Marianela Lourenço, Presidente da Federação Nacional das Associações Comerciantes de Carnes (FNACC), revela que estes produtos apenas colocam em causa a saúde dos portugueses se forem consumidos em excesso.
Numa altura em que nada previa um aumento do desemprego neste setor, os técnicos das carnes vêm-se obrigados a procurar outras soluções, alguns optam pela emigração.
Aponta-se agora para as proteínas de origem vegetal como alternativa saudável apesar das carnes processadas ainda alimentarem milhões. A presidente da FNACC revela que o alerta dado pela OMS assustou as pessoas e que estas não perceberam que “o problema era o excesso”, assim, a venda de carnes caiu 30%.
Números do Setor
São 641 fábricas de abate, preparação e conservação de produtos à base de carne. As fábricas de transformação empregam 15 833 pessoas dos quais 4363 trabalham nas 201 empresas localizadas no norte do país.