Oposição em Viana contesta localização de novo hotel de 5 ME

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Porto Canal com Lusa

Viana do Castelo, 28 abr (Lusa) - Os vereadores do PSD e da CDU na Câmara de Viana do Castelo contestaram hoje a localização do novo hotel que vai abrir em 2017, sublinhando, no entanto, a "importância" do investimento de cinco milhões de euros.

"Não somos contra o empreendimento se fosse instalado noutra zona. Naquele local não, devido ao impacto ambiental e por cortar, definitivamente, o acesso público à praia do Cabedelo", afirmou, questionado pela Lusa, o vereador do PSD Marques Franco.

No mesmo sentido, a vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, condenou a concessão, pela autarquia, dos terrenos na frente marítima de Darque, na margem esquerda do rio Lima, onde a unidade de quatro estrelas vai começar a ser construída a partir de segunda-feira, para estar concluída em abril de 2017.

"Aquele investimento, naquele local, é errado por ser numa zona muito sensível, muito próxima das dunas. Além disso, é um espaço público que era utilizado por moradores e visitantes. É um dos poucos espaços verdes que resta no Cabedelo, e que estava acessível à população", sublinhou a vereadora comunista.

Em maio de 2015, os dois partidos da oposição votaram contra a concessão daqueles terrenos para o fim em causa e, em dezembro do mesmo ano, rejeitaram a isenção do pagamento do Imposto Municipal de Transações (IMT), estimado em 50 mil euros, atribuída pela maioria socialista na autarquia.

O empreendimento turístico, hoje apresentado publicamente vai criar 27 postos de trabalho diretos.

O promotor, José Sampaio adiantou que o hotel, que irá chamar-se FeelViana, é "diferenciador" por ser "especificamente vocacionado para a venda de pacotes de férias semanais com atividades desportivas incluídas".

A nova unidade é, segundo o promotor, "o primeiro hotel em Portugal vocacionado para o turismo ativo e de bem-estar que vai aproveitar as condições naturais que Viana do Castelo oferece para a prática de desportos ligados ao mar".

Além de estabelecer parcerias com empresas locais que trabalham na área dos desportos náuticos, criando pacotes de férias ligados a este conceito, o responsável adiantou que o novo hotel vai utilizar os centros de remos, vela, surf e canoagem, já existentes na cidade.

Com uma implantação total de 4.800 metros quadrados, o hotel, que vai ocupar cerca de 28% daquela área, "também é diferenciador", sublinhou o empresário, "pelas soluções construtivas" previstas no projeto.

José Sampaio garantiu que a "sensibilidade ambiental" da zona "determinou a escolha de "materiais amigos do ambiente".

O arquiteto Carlos Castanheira especificou que a unidade será construída com "madeira, muita madeira, algum vidro e um pouco de cobre", para que no final da obra "pareça tudo como antes, de acordo com o local, o ambiente e a natureza".

Com 46 quartos e nove bungalows, o projeto vai convidar à prática de desportos e de férias em família, incluindo um centro de atividades 'outdoor', um 'kid's club', um espaço Spa, bem como um restaurante.

ABYC // MSP

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