Nova fase de obra no Hospital de Gaia com verba "garantida" à espera de autorização
Porto Canal com Lusa
A continuação das obras na unidade do Monte da Virgem do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) está dependente do lançamento de um concurso internacional, estando a verba "garantida", indicaram hoje vários responsáveis ligados ao projeto.
Actualizado 21-04-2016 11:46
Concluída a fase "A" de obras, seguir-se-á a fase "B" para a qual são necessários cerca de 16 milhões de euros, seis dos quais estão inscritos no mapeamento submetido pela Área Metropolitana do Porto (AMP) à Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e 5,3 são resultantes da realização do capital estatutário do hospital, ou seja dependem do Orçamento do Estado, dois a três milhões de comparticipação camarária e o restante fruto de fundos próprios do centro hospitalar.
Em causa na fase "A" - que entra em pleno funcionamento em maio - está o serviço de imagiologia, bem como as ligações entre três pavilhões e a construção do um ambulatório que substitui os contentores onde funcionava o hospital de dia.
Já 80% da fase "B" - que tem a duração prevista de 18 meses de empreitada - corresponde ao serviço de Urgência, somando-se outros serviços, áreas técnicas, acessibilidades e arranjos exteriores.
Hoje, numa visita à unidade do Monte da Virgem do CHVNG/E, quer o presidente do Conselho de Administração (CA), Silvério Cordeiro, quer o presidente da câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, garantiram que "está para breve" o arranque de mais obras, mas nem estes responsáveis nem os presidentes da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte), nem do da CCDR-N, Pimenta Marinho e Emídio Gomes respetivamente, quiseram comprometer-se com datas.
"Acredito muito que esta primeira fase vai ter continuidade com um compromisso que o Governo tem para esta unidade que é o maior investimento que existe neste momento na região Norte. É um investimento estruturante para o terceiro maior município do país", disse aos jornalistas Eduardo Vítor Rodrigues, enquanto Silvério Cordeiro afirmou estar "convencido" de que "o mais breve possível" será dará "permissão" ao CHVNG/E para "lançar o concurso internacional".
Já Emídio Gomes, quando falou na exposição "A Arte no Hospital", antes da visita ao hospital, afirmou que "pese os recursos limitados que existem para a área de infraestruturas hospitalares e de saúde no Programa Regional", a fase "B" deste hospital "consta do mapeamento" e "quer a tutela do Ministério da Saúde, através da sua gestão desconcentrada da ARS-Norte, quer a AMP" a "sinalizaram".
Relativamente aos seis milhões de euros que serão atribuídos à obra pela via dos fundos comunitários (Norte 2020), Silvério Cordeiro sublinhou ter "muita confiança" na aprovação da candidatura e sobre os 5,3 de capital estatutário, o presidente do CA apontou que "oportunamente" será o Governo a "falar sobre essa matéria".
Já Eduardo Vítor Rodrigues - que recordou que este estabelecimento de saúde "em muitos momentos recebeu prémios e certificações extraordinárias" - vincou a disponibilidade da câmara de Gaia para comparticipar as obras com dois a três milhões, estando em causa "acessibilidades externas, mas sobretudo internas".
Questionado sobre uma terceira fase de obras, a chamada fase "C" que na prática consiste e passar para o Monte da Virgem o que resta na unidade do hospital de Gaia localizada no centro do concelho num edifício da Santa Casa de Misericórdia, ou seja a obstetrícia, a pediatria e a ortopedia, Silvério Cordeiros apontou que a tutela "está a par" do projeto.
A fase "C" tem um custo de cerca de 17,5 milhões de euros, estando prevista, conforme se lê num comunicado do CHVNG/E, a apresentação de um projeto de candidatura a fundos comunitários.
"É ainda de salientar, que esta nova obra iniciada em 2014 era um projeto muito ambicionado, que teve avanços e recuos ao longo de mais de vinte anos, pelo que a sua execução vai melhorar significativamente a qualidade e diferenciação do serviço que o CHVNG/E presta aos seus utentes", lê-se na nota.
O CHVNG/E serve cerca de 700.000 pessoas a Sul do Douro.