EDP completamente de acordo com adiamento por três anos da barragem do Fridão
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 19 abr (Lusa) - A EDP concorda "completamente" com a decisão do Governo de suspender por três anos a barragem do Fridão, após a reavaliação do Programa Nacional de Barragens, que ditou o cancelamento das barragens do Alvito e de Girabollhos.
"É uma decisão com a qual concordamos completamente. É uma vontade de ambas as partes", afirmou hoje o presidente executivo da EDP, no final da assembleia-geral de acionistas.
Em declarações aos jornalistas, António Mexia disse hoje que a elétrica concorda "completamente" com a decisão do Governo de adiar por, até três anos, o investimento na barragem do Fridão, no rio Tâmega, defendendo que esse projeto "não é urgente".
Já em relação ao cancelamento da barragem do Alvito, também da EDP, o gestor lembrou que a empresa tinha comunicado "há mais de um ano o não interesse em prosseguir com o investimento".
Ainda assim, acrescentou, a EDP assumiu o compromisso de trabalhar com as autarquias - abrangidas pelo Fridão - no sentido de desenvolver algumas contrapartidas para o desenvolvimento regional.
"O compromisso é que, independentemente do alargamento do prazo, iremos trabalhar com as autarquias no sentido de desenvolver algumas contrapartidas", explicou.
O Governo decidiu cancelar a construção das barragens do Alvito, da EDP, e de Girabolhos, da Endesa, suspender por três anos a barragem do Fridão - também da EDP - e manter a construção da Barragem do Tâmega, da Iberdrola, após a reavaliação do Programa Nacional de Barragens.
Em comunicado, o Ministério do Ambiente indica que na base desta decisão estão critérios jurídicos, financeiros, expectativas dos municípios abrangidos, metas das energias renováveis e descarbonização da economia portuguesa.
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