Ponte de Barca, 09 out (Lusa) - Investidores nacionais e estrangeiros vão avançar com a prospeção mineira em Ponte de Barca, nomeadamente de ouro, prata, volfrâmio e quartzo, no âmbito das três licenças concedidas este ano, disse hoje à Lusa fonte municipal.

A última destas licenças, já com contrato de exploração, foi atribuída esta semana. No conjunto das três licenças, estas pesquisas envolvem áreas que se estendem de Ponte da Barca a concelhos vizinhos.

Nesta altura, precisou a fonte, os trabalhos visam apenas a prospeção, para apurar a quantidade de minério existente e a viabilidade de uma eventual atividade mineira.

Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara de Ponte de Barca explicou que a prospeção vai centrar-se nas serras do Oural e Amarela, neste caso à procura de metais preciosos como ouro e prata, mas também de volfrâmio ou estanho. Num outro ponto a prospeção será de quartzo, admitindo a presença no concelho de "um dos principais reservatórios da península ibérica".

"O que está a acontecer é o retomar da exploração mineira que existia no concelho e que foi há muito tempo abandonada. Aliás, temos locais onde há minas do tempo dos romanos, registos muito antigos da prospeção mineira em Ponte de Barca", apontou Vassalo Abreu.

O autarca afirma tratar-se de um "potencial que tem que ser aproveitado", assumindo que se as prospeções a realizar por investidores nacionais e estrangeiros apresentarem resultados positivos, a atividade mineira vai criar postos de trabalho e gerar receitas locais.

"Só nos resta ter a esperança que encontrem mesmo alguma coisa", rematou Vassalo Abreu.

O último dos três contratos, relativos a outras tantas licenças atribuídas em 2013 para o concelho, foi publicado em Diário da República na segunda-feira. Envolverá, durante três anos, um investimento de 210 mil euros na prospeção de volfrâmio, estanho, ouro, prata, cobre, zinco, chumbo, arsénio e antimónio, a realizar pelo grupo Klondike Gold.

Esta concessão, atribuída pela Direção-Geral de Energia e Geologia, envolverá trabalhos de prospeção numa área de 46,8 quilómetros quadrados, não só de Ponte da Barca como também pelo concelho vizinho de Arcos de Valdevez.

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