Reestruturação da Oni prevê redução de 10% de trabalhadores

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 08 out (Lusa) - O presidente executivo da Oni, operadora que foi recentemente comprada pelo grupo Altice, dono da Cabovisão, disse hoje que a reestruturação da empresa deverá representar uma redução de 10% do número de trabalhadores.

Alexandre Filipe da Fonseca, que falava numa conferência de imprensa em Lisboa, disse que atualmente a Oni tem cerca de 300 pessoas, excluindo os subcontratados.

Questionado sobre o impacto da reestruturação da Oni e das sinergias com a Cabovisão no número de trabalhadores, o gestor disse prever uma "redução de 10% do 'headcount'".

No entanto, adiantou que "algumas podem continuar a prestar serviços através da externalização", ou seja, em áreas em que a operadora vai subcontratar serviços.

"Vamos internalizar funções que a Oni tinha com os parceiros, trazê-los para o 'core business' [negócio central]", como é o caso da operação e engenharia, mas "em áreas em que não há 'core business' vão ser externalizados", em casos como componentes de fibra ou instalação.

A nova equipa de gestão da empresa "é toda herdada da base da companhia", com exceção do presidente executivo, disse.

Os objetivos chave da Oni são, segundo o gestor, crescer na confiança dos clientes, aumentar os clientes, nomeadamente apostar no setor público, ter mais rentabilidade, aumentar as receitas e estar mais próximo dos clientes.

"Queremos estar mais próximos do negócio do nosso cliente" e "oferecer soluções integradas", sublinhou.

Em termos de setor público, onde a Oni tem uma quota entre 9% a 10%, cujas receitas representam 20 milhões de euros, o objetivo é "chegar aos 20%".

Além das grandes e médias empresas, que era a aposta da anterior gestão da Oni, a nova liderança da operadora quer também apostar nas pequenas e micro empresas.

Para alcançar os objetivos propostos, "vamos ter de fazer uma reestruturação", que já está "em marcha há cerca de um mês".

As marcas ligadas à Oni vão ser unificadas numa só e a reestruturação vai levar a sinergias entre a operadora e a Cabovisão.

Estas sinergias, adiantou, já aconteceram em áreas como a regulação e a parte jurídica, seguindo-se a área técnica e operacional.

A ideia é juntar as equipas da Oni e da Cabovisão numa só, como aconteceu na área da regulação.

As sinergias deverão levar a uma redução entre 25% e 30% dos custos em termos de operação.

Alexandre Filipe da Fonseca sublinhou "a capacidade financeira fortíssima" dada pelo grupo Altice à Oni e adiantou que a operadora vai investir em rede de fibra.

O investimento de 150 milhões de euros da Altice para os próximos três a quatro anos inclui a aposta na fibra.

Em relação à dívida que a Oni tinha antes de ser comprada, que era de 48 milhões de euros, Alexandre Filipe da Fonseca assegurou que desde 08 de agosto "é zero na banca".

A Oni quer triplicar lucros até final de 2014, sendo que o principal foco será no resultado antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (EBITDA).

Criada há 13 anos, a Oni registou no final do ano fiscal terminado em junho, receitas de 109 milhões de euros e um EBITDA de 16 milhões de euros.

Em relação ao centro de dados da Matinha, foi realizado um investimento de meio milhão de euros, sendo que em novembro deverá estar concluído o projeto de melhoria das condições desta infraestrutura.

ALU// ATR

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