Ministro João Soares reage a críticas de comentadores com "salutares bofetadas"

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 07 abr (Lusa) - O ministro da Cultura, João Soares, reagiu hoje na rede social Facebook prometendo "salutares bofetadas" ao programador Augusto M. Seabra pelas críticas de falta de linha de ação política, e "estilo de compadrio, prepotência e grosseria".

O crítico e programador cultural Augusto M. Seabra publicou na quarta-feira um artigo de opinião na edição 'online' do jornal "Público" considerando uma surpresa "inexplicável" a nomeação de João Soares para a tutela cultural do Governo.

No artigo de opinião "Tempo velho na cultura", M. Seabra considera que "o setor vive uma situação de emergência" pela sistemática desorçamentação, e critica a falta de um aumento de dotação, "como mesmo acrescido desinvestimento na Direção-Geral do Património e no Fundo de Fomento Cultural".

"Que um governante se rodeie de pessoas de confiança é óbvio. Mas no caso do gabinete de Soares trata-se de uma confraria de socialistas e maçons", escreve o programador cultural, criticando várias decisões de João Soares, nomeadamente a nomeação de "um velhoapparatchik, Elísio Summavielle, para o CCB, em lugar de António Lamas".

Por seu turno, João Soares reagiu hoje na página pessoal na rede social Facebook que em 1999 lhe prometeu [a Augusto M. Seabra] "publicamente um par de bofetadas. Foi uma promessa que ainda não pude cumprir".

"Não me cruzei com a personagem, Augusto M. Seabra, ao longo de todos estes anos. Mas continuo a esperar ter essa sorte. Lá chegará o dia. Ele tinha, então, bolçado sobre mim umas aleivosias e calúnias", reage o ministro.

João Soares remata, na publicação: "Estou a ver que tenho de o procurar, a ele e já agora ao Vasco Pulido Valente, para as salutares bofetadas. Só lhes podem fazer bem. A mim também".

Vasco Pulido Valente, outro colunista do jornal "Público", tinha publicado no início de março um artigo também muito crítico de João Soares, dizendo que não tem por ele "qualquer respeito nem como homem, nem como político".

Abordando igualmente o caso da substituição de Lamas no Centro Cultural de Belém, Pulido Valente considerava que o ministro "podia ter chamado discretamente o presidente do CCB para o demitir, alegando, como está no seu direito, falta de confiança política ou pessoal".

"Mas João Soares preferiu fazer do incidente um espetáculo público. Ameaçou o dr. Lamas, exibiu os seus poderes (que lhe vêm exclusivamente do cargo) e no fim ainda se foi gabar para a televisão. Não se percebe o motivo de toda esta palhaçada, excepto se pensarmos que ele é no governo um verbo-de-encher e que o PS o atura por simples caridade", escreveu Vasco Pulido Valente no artigo, ao qual João Soares reagiu também no Facebook.

AG // JPF

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