Impasse em torno da Sociedade de Reabilitação do Porto pode ficar decidido hoje
Porto Canal / Agências
Contas por aprovar, presidente por nomear, estatutos por alterar, uma auditoria por revelar e a vontade do Governo de sair da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) do Porto aguçam o apetite para a Assembleia Geral da empresa marcada para hoje.
Detida em 60% pelo Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), em representação do Estado, e em 40% pela Câmara do Porto, a SRU -- Porto Vivo volta a ter o futuro por definir numa reunião em que se espera analisar as contas de 2012, chumbadas em abril pelo acionista Estado e mandadas auditar em junho pelo Governo.
A reunião importa tanto ao presidente da autarquia cessante, Rui Rio, mentor do projeto, como ao presidente eleito, Rui Moreira, que presidiu à empresa e em campanha eleitoral como independente (apoiado pelo CDS) defendeu a manutenção da entidade e a comparticipação estatal.
O encontro pode manter o impasse ou determinar o fim da empresa detida em 60% pelo Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e em 40% pela Câmara do Porto que, em maio, ministra da Agricultura, Assunção Cristas (CDS), dizia que o Governo queria "deixar o quanto antes".
A SRU - Porto Vivo tem as contas de 2012 por aprovar, está sem presidente desde dezembro (depois de Rui Moreira ter renunciado ao cargo), tem a administração em funções desde 2011 e continua sem a alteração de estatutos que esteve perto de ser acordada entre os dois acionistas.
O resultado da auditoria mandada fazer em junho pela ministra das Finanças (então secretária de Estado) às contas de 2012 da SRU -- Porto Vivo é um dos aspetos que se espera clarificar, até porque foi o motivo apontado pelo IHRU para suspender por 90 dias a AG de 10 de julho.
A Assembleia-Geral da SRU -- Porto Vivo está agendada para as 15:00 de hoje na sede da própria empresa, na rua Mouzinho da Silveira.