Pelo menos 15 pessoas morreram hoje no Egito durante confrontos entre as forças de segurança e os apoiantes do presidente destituído Mohamed Morsi, anunciou um responsável do Ministério da Saúde.

"Quinze pessoas foram mortas e 83 ficaram feridas em todo o país", declarou Khaled al-Khatib, alto responsável do Ministério da Saúde, ao canal de televisão privado On TV, sem especificar em que circunstâncias ocorreram as mortes e quem são as vítimas.

Ao início da tarde de hoje, uma fonte médica indicava que tinha havido um morto na sequência de confrontos em Delga, no centro do Egito, durante as comemorações do 40.º aniversário da guerra israelo-árabe de 1973.

Segundo a agência France Press, o exército, que há cerca de dois meses tem tentado travar manifestações dos partidários de Morsi, mobilizou mais veículos blindados do que é habitual no Cairo.

Ao mesmo tempo, os oponentes ao presidente destituído apelaram aos egípcios que saíssem de casa para apoiar o exército e as autoridades.

Na sexta-feira, quatro pessoas tinham morrido no Cairo durante mais confrontos entre os apoiantes islamitas de Morsi e os seus opositores e as forças de segurança.

Morsi foi destituído e detido pelo exército a 03 de julho, depois de manifestações de milhões de egípcios exigindo a sua demissão.

Os militares nomearam um governo interino encarregado de reescrever a Constituição e de organizar eleições legislativas e presidenciais para o início de 2014.

Desde 14 de agosto, no entanto, está em curso uma campanha de repressão contra os apoiantes de Morsi e, em particular, a Irmandade Muçulmana, da qual Morsi foi dirigente e que venceu as legislativas de 2012.