Líder da CGTP crítica Governo por perdoar a devedores e não apoiar quem quer produzir

| Política
Porto Canal / Agências

Viana do Castelo, 04 out (Lusa) - O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, criticou hoje o Governo por "perdoar" juros e custas a contribuintes com dívidas ao fisco e não apoiar quem quer "trabalhar para produzir".

"Continua-se a perdoar àqueles que não pagam impostos e não se quer investir naqueles que querem trabalhar para produzir. Para onde é que vamos?", questionou-se Arménio Carlos, durante a intervenção na manifestação dos trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) contra a subconcessão daquela empresa pública a privados.

O Governo aprovou quinta-feira um 'perdão' para contribuintes que tenham dívidas ao fisco e à Segurança Social, isentando-os de pagar juros de mora e compensatórios, custas administrativas e cobrando coimas mais baixas se aceitarem regularizar a sua situação.

Em Viana do Castelo, o líder da intersindical referiu-se hoje a essa decisão como a "quarta medida extraordinária" do género nos últimos dois anos, criticando o seu teor.

"É o perdão dos juros às pessoas que, tendo lucros em Portugal, puseram o dinheiro lá fora para não pagarem impostos. Não, nós por este caminho não podemos ir", disse Arménio Carlos, apontando os ENVC e o investimento público que, afirma, necessitam para continuar a trabalhar, como exemplo do que deveria ser a opção política.

"Este Governo tornou-se no grande problema que impede todas as soluções para o futuro do país", disse ainda.

De acordo com a informação disponibilizada no Portal do Governo, este 'perdão' fiscal, aprovado quinta-feira em Conselho de Ministros, denominado oficialmente de "regime excecional e temporário de regularização de dívidas fiscais e à Segurança Social", vai permitir a isenção do pagamento de todos estes custos a quem regularizar as dívidas até dia 20 de dezembro deste ano.

O Governo diz que o objetivo deste 'perdão' fiscal é "dar aos contribuintes uma derradeira oportunidade de regularizar a sua situação tributária e contributiva, essencial para permitir o acesso aos fundos do novo quadro comunitário 2014-20".

Segundo o executivo, este regime deverá também permitir o reequilíbrio financeiro dos devedores, "evitando situações de insolvência de empresas e permitindo a manutenção de postos de trabalho, bem como, no que às pessoas singulares respeita, permitir-lhes o acesso a um regime excecional de regularização das suas dívidas de natureza fiscal e à segurança social".

PYJ (NM)

Lusa/fim

+ notícias: Política

Montenegro quer que 50 anos marquem “ponto de viragem” na retenção de talento dos jovens

O primeiro-ministro manifestou esta quinta-feira a convicção de que os 50 anos do 25 de Abril serão “um ponto de viragem” para quebrar “um ciclo negativo” dos últimos anos, de “incapacidade de reter em Portugal” o talento dos jovens.

Milhares na rua e Marcelo atacado com herança colonial

Milhares, muitos milhares de pessoas saíram esta quinta-feira à rua para comemorar os 50 anos do 25 de Abril, no parlamento a direita atacou o Presidente por causa da herança colonial e Marcelo fez a defesa da democracia.

25 de Abril. A carta do Presidente dos Estados Unidos para Portugal

O presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, congratulou esta quinta-feira Portugal pelo “espírito corajoso” com que fez a Revolução dos Cravos, há 50 anos, que permitiu o regresso da democracia.