Mulheres 'fogem' dos tampões e vendas do copo menstrual disparam
Porto Canal (MYF)
Depois de uma revista francesa anunciar que os tampões e os pensos higiénicos apresentam resíduos potencialmente tóxicos para as mulheres, a venda do copo menstrual disparou 200,84% em março, curiosamente nem um mês após a data da publicação.
O copo menstrual parece estar a cativar cada vez mais as mulheres de todo o mundo. Só em março, as vendas dispararam para 200,84% em relação ao mês anterior, altura em que foi publicada a notícia de que os tampões internos continham resíduos potencialmente tóxicos, como dioxinas, glifosatos e outros pesticidas, prejudiciais para a saúde da mulher mas também para o ambiente.
"O balanço da procura é bastante positivo, prospera-se uma maior consciencialização das vantagens do uso do copo menstrual tanto para a mulher como para o ambiente", informou Sofia Catarino, uma das responsáveis da empresa Pegada Verde, que representa e comercializa o copo menstrual Lunette em Portugal.
O copo menstrual apresenta características que têm merecido especial atenção do sexo feminino, nomeadamente a segurança e a reutilização, que pode estender-se por 10 anos. Ao contrário dos absorventes tradicionais descartáveis, este novo método não aumenta o risco de certas doenças, como infeções urinárias e ginecológicas, indica um estudo realizado em 2011, na Universidade da Beira Interior, em parceria com a Sociedade Portuguesa de Ginecologia.
Segundo um estudo da revista francesa ’60 Millions ’, que pode ser comparada à Proteste, em Portugal, 5 das 11 marcas de tampões e pensos higiénicos analisados continham substâncias consideradas perigosas e que podem colocar em risco a saúde da mulher.
Algumas destas substâncias são suspeitas de provocar perturbações endócrinas, como desregulações hormonais.