Câmara do Porto quer municipalizar recolha de lixo

Câmara do Porto quer municipalizar recolha de lixo
| Norte
Porto Canal com Lusa

A Câmara do Porto quer gerir a recolha de lixo em toda a cidade, acabando com a concessão a privados em 50% da cidade e preparando a criação de uma empresa municipal para o Ambiente, foi hoje divulgado.

A proposta de não renovação do contrato de concessão dos serviços de recolha de resíduos e limpeza em metade do concelho, que termina em 2016 depois de oito anos em vigor, vai ser debatida na reunião camarária de terça-feira, informa a autarquia na sua página de notícias na Internet.

De acordo com o município, “serão os serviços da própria autarquia a recolherem os recicláveis em toda a cidade”, com o objetivo de “tornar o sistema mais transparente e operar uma redução dos custos, o que poderá vir a refletir-se na redução das tarifas aos munícipes”.

Com a mudança, a Câmara espera “aumentar a eficiência e limpeza da cidade” e alcançar uma diminuição de “mais de 10%” nos custos com a Recolha e Limpeza Urbana.

De acordo com o vereador do Ambiente, Filipe Araújo, estima-se que o custo global da atual concessão seja de 3,7 milhões de euros.

"Garantindo-se a adequada formação específica necessária aos recursos a realocar, será possível evitar a externalização de serviços, cujo custo global se estima em cerca de 3,7 milhões de euros por ano", observa o autarca.

A autarquia divulga ainda estar a preparar “a criação de uma empresa municipal para o ambiente” que “trará ganhos de eficiência de recursos e poderá impulsionar uma maior libertação de pessoas para incorporar outras divisões” camarárias.

No final de 2014, 138 ex-trabalhadores camarários integrados desde 2008 nas duas empresas concessionárias da limpeza do Porto pediram para regressar à autarquia e foram readmitidos.

Na altura, o independente Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, disse que o município estava a negociar os contratos de concessão válidos até fim de 2016 para “ajustar os preços” do serviço e não se pronunciou sobre a possibilidade de municipalizar esses serviços, cuja concessão começou durante o segundo mandato do social-democrata Rui Rio.

“Neste momento, a varredura, a recolha de indiferenciados e de reciclados estão concessionados a duas empresas privadas em 50% da cidade. A restante malha urbana é operada pela autarquia. No novo modelo, toda a cidade será servida pelos mesmos princípios, ou seja, serão os serviços da própria autarquia a recolherem os recicláveis em toda a cidade”, explica a autarquia na Internet.

Com a alteração, o município pretende transformar-se numa “referência nacional e internacional em termos de sustentabilidade nos resíduos, limpeza urbana e na reciclagem”.

“O modelo futuro deverá alavancar a reciclagem na cidade, tornando o Porto numa referência, modernizar as operações por forma a obter ganhos de qualidade e utilizar as mais recentes tecnologias na área de forma a melhor monitorizar e atuar”, descreve a Câmara.

Citado pelo site da autarquia, o vereador do Ambiente, Filipe Araújo, destaca o "potencial de crescimento de reciclável” no Porto, explicando que “mais de 70% do lixo indiferenciado é potencialmente reciclável."

A Câmara acredita também que o novo sistema “permitirá uma maior especialização e eficiência, através do reforço e da capacitação dos recursos humanos”.

Por outro lado, a intenção é reduzir “a pegada ecológica da cidade, nomeadamente através da utilização de frotas mais sustentáveis e de um sistema tecnológico de monitorização e operacionalização”.

A CDU do Porto sempre se bateu pela municipalização dos serviços de limpeza e, numa das recomendações apresentadas sobre o assunto, em maio de 2015, alertava para uma despesa média anual com os serviços é “9,2 milhões de euros”.

Em contraponto, os comunistas notavam que o valor indicado no início da concessão iniciada pelo anterior executivo era de “5,4 milhões de euros por ano”.

+ notícias: Norte

Metro Mondego já custou pelo menos 327 milhões em 30 anos de história

O Metro Mondego, projeto que conta com 30 anos de avanços e recuos, custou, até ao momento, pelo menos 327 milhões de euros, entre estudos, gastos administrativos e empreitadas, de acordo com documentos consultados pela agência Lusa.

Colisão em Barcelos faz dois feridos graves

Um acidente entre duas viaturas na freguesia de Mariz, em Barcelos, fez dois feridos graves confirmou fonte do Comando Sub-Regional Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Área do Cávado ao Porto Canal.

Há 400 presépios para ver em Barcelos

Em Barcelos desde o início deste mês que estão em exposição em vários espaços mais de 400 presépios de artesãos do concelho. Uma óptima oportunidade para conhecer mais e melhor do artesanato barcelense.